RO, Sábado, 27 de abril de 2024, às 0:33



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NÃO É SÓ AMOR PELO QUE FAZ – Professor da Apae dribla restrições da pandemia para levar música e alegria a casa dos seus alunos excepcionais

VILHENA – Há duas semanas este expressaorondonia mostrou o trabalho de uma educadora de alunos com TEA (Transtorno do Espectro Autista), desenvolvido com benevolência, empatia e criatividade pela professora ‘Tia Simôny’ para ajudar no desenvolvimento de alunos autistas.

Leia matéria aqui.

Hoje reproduzimos a reportagem do site parceiro FOLHA DO SUL ON LINE mostrando a iniciativa e denodo de um professor da Apae da cidade de Vilhena, que guarda semelhança com a iniciativa da professora Simôny Andrea de Souza Magalhães, a “Tia Simôny”, aqui de Porto Velho.

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O amor pelo que faz tem levado o pedagogo Wilmo Mendes de Oliveira, que trabalha na Apae de Vilhena, a se reinventar para não perder o contato com seus alunos na pandemia. E, dentre as inúmeras estratégias que o educador usa para se manter próximo deles, mesmo com o distanciamento social, está a música, muito usada em suas aulas presenciais e que agora tem sido o meio pelo qual ele mantém o vínculo com cada um dos portadores de necessidades especiais que atende.

Wilmo, que é muito querido pelos alunos, já introduziu a música em sua didática há muito tempo e cuida do Coral de Natal da instituição. Ele afirma que essa forma de trabalhar leva alegria aos estudantes da Apae e torna o ensino/aprendizagem dos deficientes mais fácil.

Porém, com todos os trabalhos que desenvolve suspensos devido à pandemia, já que todos os deficientes fazem parte do grupo de risco, Wilmo tem continuado a levar alegria para suas turma. Quase todos os dias ele pega seu violão e vai até o portão da casa de cada um deles para cantar e realizar um momento de interação de forma segura, “que faz muita falta para todos”.

A reportagem do site acompanhou Wilmo em sua última visita, realizada na manhã de terça-feira, 13, no setor de chácaras, e registrou a alegria da família ao recebê-lo. No local, sete pessoas recebem atendimento especial, sendo dois deles os pioneiros da Apae de Vilhena.

Afirmando sentir falta até mesmo de andar no ônibus da instituição, os alunos se alegraram com a presença de Wilmo. Com a suspensão das aulas presenciais, a rotina de todos foi modificada e alguns têm apresentado pioras no quaro de saúde.

Para Wilmo, estes momentos em que consegue ver seus alunos, mesmo que do portão, são muito gratificantes, pois ama o que faz e sabe da necessidade dessa interação para as pessoas com deficiência.

“Se a pandemia já está sendo difícil pra nós, que podemos procurar outras formas de distração, imagina pra eles, que tinham como maior alegria, os momentos que passavam na escola com os amigos e professores. É por isso que venho cantar com eles. Para mim é muito gratificante”, afirma o pedagogo, que é servidor estadual, cedido a Apae e, mesmo debaixo de sol quente, não mede esforços para arrancar sorrisos de seus alunos.

Texto de Leir Freitas

Fonte: Folha do Sul Online






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