RO, Quarta-feira, 24 de abril de 2024, às 14:22



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Violência no campo aterroriza agricultores e já é uma ameaça à economia e ao agronegócio

ARIQUEMES – A falta de segurança no setor produtivo rural rondoniense, especialmente na região de Ariquemes, está ameaçando não só as vidas dos agricultores, mas está se refletindo na própria economia do Estado, com risco de abandono de propriedades por causa das ameaças de invasão e ameaça física às famílias dos pequenos produtores rurais e suas plantações.

Na região de Ariquemes, o 7º BPM tem pouco efetivo e uma imensa área para dar segurança

O problema maior na região rural rondoniense está concentrado nas áreas mais produtivas, concentrando-se na microrregião de Ariquemes (que envolve grande quantidade de municípios e uma extensa capacidade produtiva, onde se concentra parcela considerável da produção da agricultura familiar) e em São Miguel do Guaporé (BR-429) e, como não poderia deixar de ser, na imensa fronteira rondoniense com a Bolívia. Os recentes roubos de dois aviões de uso das fazendas no interior rondoniense é outro motivo preocupante, havendo fortes suspeições de que tenham sido levados para uso de traficantes.

Sobre o assunto, o presidente da Federação da Agricultura, Hélio Dias, debateu a questão com o comandante da Polícia Militar de Rondônia, coronel Ronaldo Flores, e com o comandante do 7º BPM, Major Robson Brancalhão, sediado em Ariquemes, durante uma reunião sexta-feira, 17, em busca de soluções para o enfrentamento da situação

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Hélio Dias (d) falou da possibilidade dos proprietários rurais de Rondônia conseguirem conectividade e sensoriamento remoto, por meio de uma concessão de utilização de satélite. Teve essa informação em reunião na Confederação Nacional da Agricultura (CNA), mas ainda não há definição de prazo para que essa alternativa se aplique. A CNA tem trabalhado em parceria com a polícia militar nos estados e no caso de Rondônia o programa de patrulhamento rural foi construído com base no modelo de Goiás, mas adaptado à realidade local, de acordo com o major Robson, do 7º Batalhão da PM. Segundo ele, devido à extensão territorial, há dificuldades para fazer o policiamento no campo.

No entanto, a corporação tem conseguido superar os problemas com ajuda dos produtores rurais. “Contornamos as dificuldades por meio das parcerias com as associações de produtores e pecuaristas, que auxiliam na aquisição de telefones via satélite e rádio, bem como na criação de grupos de WhatsApp com os produtores para que possamos identificar e reprimir a criminalidade. Na reunião, o major explicou que o crime vai se adaptando tal qual um mercado, os criminosos que explodiam caixas eletrônicos estão mudando a atividade para assaltar propriedades rurais, porque sentem que é mais fácil. A moeda de troca, principalmente próximo a limites estaduais e fronteiras, são caminhonetes, equipamentos agrícolas, insumos para o campo como adubos e defensivos vez que o crime não tem fronteiras. Para o oficial a articulação é fundamental para facilitar as ações.

Com informações da Assessoria






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