BRASÍLIA – Lebrinha não é Adriana Ancelmo, a ex-poderosa primeira Dama do Rio de Janeiro que tinha força para indicar nomes de futuro ministros do Supremo Tribunal Federal e que ganhou o direito de cumprir pena em casa, alegando que tinha de cuidar de dois filhos maiores de 12 anos. Lebrinha, a prefeita Gislaine Clemente, de São Francisco do Guaporé, presa em 25 de setembro durante a ‘Operação Reciclagem’ da Polícia Federal e do Ministério Público, usou o mesmo argumento, realçando que tem um filho de cinco anos portador de doença rara e que necessita de ser cuidado de perto por ela.
Sorteado pelo sistema para relatar o pedido da prefeita, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou mais uma vez pedido feito pela defesa da prefeita, Gislaine Clemente, a “Lebrinha”, para cumprir prisão preventiva em casa. Ela alegou que tem um filho de 5 anos de idade, que tem doença rara e que precisa dos cuidados da mãe. O mesmo argumento já havia sido utilizado pelo advogado da prefeita em um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também negou o pleito.
No STF, Fachin entendeu que a decisão não é ilegal. “Destarte, como não se trata de decisão manifestamente contrária à jurisprudência do STF ou de flagrante hipótese de constrangimento ilegal, com fulcro na Súmula 691/STF e no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento ao habeas corpus”, decidiu.
“Lebrinha” e os prefeitos Luiz Ademir Schock (Rolim de Moura), Marcito Aparecido Pinto (Ji-Paraná) e Glaucione Maria Rodrigues Neri (Cacoal), além do marido de Glaucione, o ex-deputado Daniel Neri, foram presos no dia 25 de setembro, durante a Operação Reciclagem, desencadeada pela Polícia Federal e Ministério Público de Rondônia.
A investigação, que durou pouco mais de dez meses, teve início em dezembro de 2019 e contou com a colaboração de empresário que, recebendo exigência para recebimento de dívidas pela prestação de serviços ao poder público, resolveu contatar às autoridades para denunciar os ilícitos.
Com informações do rondoniagora.com