RO, Quinta-feira, 28 de março de 2024, às 15:19



RO, Quinta-feira, 28 de março de 2024, às 15:19


Tribunal de Contas não impediu iluminação natalina na capital. Orientação é de abril e prevenia eventual crise financeira diante da pandemia

Sérgio Pires

OPINIÃO DE PRIMEIRA – Vamos esclarecer as coisas. Colocar os Pingos nos Is. Ou cada ponto de luz no seu devido lugar! O Tribunal de Contas do Estado, TCE-RO, jamais orientou a Prefeitura de Porto Velho ou qualquer outra Prefeitura a não realizar a iluminação natalina. O assunto está causando grande repercussão, com muitos porto velhenses protestando contra a decisão de, num momento em que seria de grande importância para levantar o astral da cidade, ficarmos às escuras, em plena época natalina. Muitos leitores dessas mal traçadas, telespectadores da SICTV, ouvintes do programa Papo de Redação, da Parecis FM, com os Dinossauros do rádio, questionaram sobre o assunto, alguns lembrando que em cidades como Ariquemes e Ji—Paraná, onde também há a pandemia do coronavíorus, haverá iluminação feérica e excelente decoração nas ruas e em toda a cidade. Ariquemes, por exemplo, tem a maior árvore de Natal do Estado, toda cheia de luzes, com mais de 54 metros de altura. Ji-Paraná tem a tradicional Casa do Papai Noel, além de um Papai Noel gigante, feito de garrafas pet, todo iluminado. Por que então só Porto Velho? O conselheiro Paulo Cury, presidente do TCE, resume o assunto. O que aconteceu foi que em abril passado, quando se aproximava o furacão do coronavírus, o conselheiro Edilson Silva, uma das personalidades mais respeitadas daquele Tribunal, emitiu um parecer no sentido de que fossem contidos os gastos não essenciais de todas as instituições (Prefeituras incluídas), porque se avizinhava uma grande crise financeira e o dinheiro deveria ser concentrado em investimentos na saúde e na guerra contra a Covid 19, que chegava entre nós com toda a força. Nesse ínterim, a doença veio e todos conhecemos a tragédia que ela tem causado. Mas a crise financeira, que chegou a existir num primeiro momento, junto com o vírus, para muitas cidades, não se concretizou meses depois, por uma série de fatores. Ou seja, o motivo essencial da orientação dada pelo conselheiro Edilson, acabou não ocorrendo. Porto Velho, por exemplo, não teve queda de arrecadação e nenhuma crise financeira. Nem muitas cidades rondonienses. E nem os cofres estaduais foram abalados.  Portanto, a orientação do TCE-RO, à essas alturas dos acontecimentos, não pode ser usada como se estivesse impedindo qualquer investimento na decoração natalina.

O diretor da Emdur, um dos mais elogiados no governo Hildon Chaves, disse que não foi só a orientação do TCE que fez a administração municipal não fazer a iluminação esse ano. Ele começou enumerando o custo (algo acima de 2 milhões de reais), como um obstáculo importante. Sublinhou que Porto Velho é do tamanho da Bélgica e que, para realizar um trabalho desses, teria que atender não só a cidade, como também os distritos. Para isso, teria que ter começado a tratar das licitações – toda a estrutura para a decoração é alugada, por isso o custo de 2 milhões e não de quase 7 milhões de governos anteriores, quando tudo era comprado – exatamente no mês de abril, quando houve a orientação do TCE. Outro motivo importante para não se fazer grandes comemorações, segundo Tezzari, foi um argumento do próprio prefeito reeleito. Hildon considera que com tanta gente doente e com tantas mortes, os festejos devem ser contidos, até para homenagear as vítimas da pandemia. Enfim, esse é o resumo da ópera, com as principais versões.

AUTOESTIMA AINDA MAIS PARA BAIXO?

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Outras cidades rondonienses estão realizando a atividade, sem qualquer contraponto do TCE, desde que, claro, comprovem eventualmente, que tinham recursos suficientes e que eles não faltaram para áreas essenciais, como a saúde, principalmente, mas também para outros setores. Que fique claro, então, que a orientação do TCE não impediu a iluminação natalina de Porto Velho ou de qualquer outra cidade. O que houve foi uma orientação, como uma espécie de prevenção, para que os recursos, caso se tornassem mesmo escassos, fossem concentrados em áreas vitais. Todos os argumentos contrários à iluminação (até porque não haveria mais tempo hábil para decorar uma cidade enorme como Porto Velho) não podem ser contestados. São robustos; Mas, para o emocional do porto velhense, que já está vivendo há meses sob o tacão do coronavírus numa cidade sem qualquer alusão à maior festa do ano, principalmente as luzes que decoram as ruas, não vai baixar ainda mais o astral de todos? Sem as luzes da Prefeitura e, ao que tudo indica, sem as do Palácio Rio Madeira, que há anos encantam Porto Velho, nosso Natal não ficará ainda mais preto e branco, como estamos vivendo com as dores das perdas e dos perigos da Covid 19? Agora não tem mais jeito, mas há quem ache que a decisão de decorar a cidade, poderia aumentar um pouco da autoestima da população da Capital; Não seria o caso dar ao menos um pouco de alegria ao porto velhense, que tem vivido meses de tristeza e depressão, por causa de uma doença que não se sabe quando irá embora?

GOVERNO VAI FORNECER 33 MIL REFEIÇÕES/MÊS A DOIS REAIS

Porto Velho já teve dois restaurantes populares, um do Estado e um da Prefeitura. Nenhum dos dois funciona mais. São daquelas obras importantes para uma cidade grande como a nossa, onde parte da população é carente e seria muito beneficiada com comida a preços populares. Não há previsão para a volta de nenhum dos dois. Mas surge, agora, uma forte e esperançosa luz no final do túnel. Iniciativa da primeira dama do Estado e primeira dama, Luana Rocha, está prestes a criar uma estrutura de apoio alimentar, principalmente à população mais carente, que talvez funcione até melhor que o restaurante popular, atingindo seus objetivos e provavelmente com um custo final menor do que uma estrutura fixa e com grande número de funcionários. A Secretaria de Ação Social está abrindo credenciamento para restaurantes privados, que venderão comida ao preço de 2 reais, atendendo também a um público específico e, igualmente, que terá que ser registrado antecipadamente.  O Projeto Rede de Credenciamento Prato Fácil, que começa a ser criado pela SEAS, pretende fornecer 1.500 refeições dia, com uma média estimada de 33 mil refeições mensais. Os restaurantes interessados podem obter o edital no seguinte link: http://www.rondonia.ro.gov.br/supel.

SEM SEGURANÇA, ORGULHO DO MADEIRA É DOS FORAGIDOS

Cada enxadada, uma minhoca! Não importa a hora nem o dia. Quando a Polícia faz alguma operação no Orgulho do Madeira (uma pequena cidade de mais de 12 mil habitantes dentro de Porto Velho), pega ladrões, traficantes, assassinos e muitos foragidos do sistema prisional. Lá é o esconderijo de muita gente que não presta, especializadas em infernizar a vida da grande maioria dos pobres moradores, que são pessoas decentes, trabalhadoras e que sonhavam em ter sua casa própria, para viver uma melhor. As centenas de moradias foram entregues sem estrutura. Só muito depois de instaladas as famílias, é que foi inaugurada uma escola. Mas na questão da segurança, zero. No local, cuja população é maior do que vários municípios rondonienses, não há posto policial e muito menos uma Delegacia de Polícia. E os bandidos tomam conta. Nessa semana, numa rápida operação, nada menos do que 22 foragidos foram presos no Orgulho, além, de traficantes e pelo menos dois criminosos que escondiam armas nos apartamentos. Até quando?

FALÁCIAS, MEIAS VERDADES: TEORIAS ABSURDAS DA BR 319

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, do Laboratório de Pesquisas Ambientais, concluíram que a BR-319 não deve ser asfaltada. Repetindo: pesquisadores mineiros, aquele Estado onde mineradoras destruíram cidades e mataram centenas de pessoas, com discursos contidos de muitos ambientalistas, querem é dar pitacos sobre a Amazônia. Ao afirmar que o asfaltamento da 319 será economicamente pior para o pais e muito mais para o meio ambiente; ao inventar que quando a estrada estiver asfaltada, 170 mil quilômetros quadrados da floresta serão destruídos; ao mentir que o desmatamento no Pará tem alguma coisa a ver com o projeto de asfalto na rodovia de Rondônia e Amazonas, ficam bem claras as intenções desses “gênios”!  Essa gente, que defende ONGs internacionais e interesses que não são os do Brasil e que ganha altos salários para viver apenas no entorno de suas ideologias, não compreendeu ainda que eles perderam a eleição de dois anos passados. E que, junto com suas opiniões, geralmente baseadas em falácias e meias verdades (ideologia pura, simplesmente), só poderão impor suas vontades, caso seus representantes vençam a próxima eleição. Até lá, que deixem de falar besteiras e vão ajudar a resolver os graves problemas do seu Estado. E nos deixem em paz.

O CORONA VOLTA COM FORÇA: 45 MORTES EM UMA SEMANA

Em oito dias, da quarta-feira, 25 de novembro à outra quarta, 2 de dezembro, o número de pessoas que contraíram o coronavírus aumentou muito, em todo o Estado. Nesses oito dias, saltamos de 1.534 mortes para nada menos do que 1.­579, ou seja, nesse curto espaço de tempo perdemos nada menos do que 45 vidas levadas pela Covid 19. Mais de 5 óbitos diários, em média. O número de casos também deu um salto. Eram 78.470 rondonienses, atingidos pela doença, esse total saltou para 81.322, ou seja 2.852 novos infectados em tão pouco tempo, com uma média diária de 356 novos registros. No final de semana (sexta e sábado) da semana passada, foram detectados 977 novos casos e, infelizmente, 18 mortes, nessas 48 horas. Nesse período, Rondônia continua tendo resultados extremamente negativos, com aumento no número de casos e de mortes, mas, ao mesmo tempo, há grande preocupação com o risco de lotação de leitos hospitalares e UTIs. Os 51 novos internados em apenas oito dias comprovam isso. Foram mais de seis novos pacientes ocupando leitos hospitalares a cada dia 24 horas.

MENOS CUIDADOS, MAIS CONTAMINADOS. O VÍRUS ATACA COM FORÇA

Embora se observe nas ruas e em vários outros locais onde há gente se reunindo, uma diminuição cada vez maior dos cuidados e de proteção contra a doença, a verdade é que o  vírus continua atacando. E atacando com voracidade. Prova disso é que, há uma semana, haviam 249 pacientes internados nos leitos da rede pública, privada e filantrópicas (Hospital do Câncer) e, nesse curto espaço de tempo, mais 51 leitos foram ocupados, totalizando 300 pessoas internadas, muitas delas já lotando as UTIs disponíveis. Precisamos retornar aos cuidados de semanas atrás, porque senão, em breve, teremos que começar a fechar tudo de novo. Coisa que não queremos e que só nos trará mais problemas, principalmente para a economia. Para concluir o assunto, destaque-se os números da quinta à noite, no Boletim 258, liberado no início da noite pela Secretaria de Saúde do Estado, comprovam que os casos e as mortes continuam crescendo

MARIANA E A MP DAS VACINAS ANTI COVID 19

Ainda sobre a doença, a deputada federal Mariana Carvalho, que é médica, se tornou mais uma vez destaque nacional, por sua atuação na Câmara. Na condição de relatora da Medida Provisória que autoriza investimentos na ordem de 1 bilhão e 900 milhões de reais para a compra de vacinas contra o coronavírus. Mariana, que obviamente fez um relatório apoiando a aprovação, fez um discurso agradecendo a todos os que estão atuando na guerra ao coronavírus e à Comissão especial que, há meses, vem batalhando para que o combate à doença levasse até a MP que libera recursos para a vacinação dos brasileiros. Mariana falou em “esperança” de que a imunização seja o caminho para que possamos voltar a uma vida normal e que acabem esses números assustadores de doentes e de mortes. A MP foi encaminhada ao Senado, onde certamente também será aprovada. Mariana, aliás, está tendo um final de ano positivo. Ajudou, com sua popularidade, a reeleger o prefeito Hildon Chaves e, ainda, a eleger seu irmão, Maurício, como novo vice prefeito da Capital;

PERGUNTINHA

O que você achou do “estudo científico” de professores ambientalistas de Minas Gerais, exigindo que o governo federal não autorize o asfaltamento dos mais de 900 quilômetros da BR 319, que liga Porto Velho a Manaus e que está semiabandonada há mais de 30 anos?






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