RO, Quinta-feira, 25 de abril de 2024, às 17:19



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Rodoviária da capital envergonha morador mas, em ano eleitoral, voltará a ser motivo de novas promessas

PORTO VELHO – Inaugurada há 40 anos, tantas vezes governadores e prefeitos já anunciaram a construção, cada um em seu mandato, de um novo prédio para atender ao serviço de embarque e desembarque de passageiros em Porto Velho, e tantos já foram os projetos anunciados que não dá para acreditar que o multiprometido saia da cabeça dos promesseiros para se transformar em realidade. O que parece valer mesmo é prometer para ganhar adeptos e mais votos nas urnas, partindo do princípio de que “importam mais os meios quando os fins são atingidos?”. 

A história das rodoviárias urbanas de Porto Velho (ou seria melhor chamar de pontos de ônibus?) demanda a década de 1960, quando os primeiros veículos trazendo ou levando passageiros começaram a chegar pela recém-aberta e super esburacada e tomada por lamaçais BR-364, estacionando em frente a um prédio da Avenida Sete de Setembro no espaço entre as ruas Marechal Deodoro e Campos Sales. Era um local provisório que durou algum tempo.

Depois foi instalada num pardieiro na quadra existente entre as Ruas Salgado Filho/João Goulart e avenidas Sete de Setembro/Paulo Leal. Era a “rodoviária do Walmir”, comerciante local que também era chamado pela alcunha “Crioulo da Ladeira”, que em 1978 tentou e não conseguiu ser candidato a deputado federal pelo PMDB. Ali estavam botecos, boxes de venda de passagens, lojinhas e mais o que se pode encontrar num ambiente assim – tudo em meio a uma desorganização imensa.

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Entre o final da década de 1970 e início de 1980 foi inaugurada a nova rodoviária no espaço onde se encontra até agora, mas a partir de 1985, começaram a surgir cobranças e, claro, os tradicionais discursos de que seria construída uma nova rodoviária, aí com “n” sugestões de onde seria construído o projeto de cada um.

No afã da primeira administração Roberto Sobrinho (1995/2003) foi lançada uma consulta para saber onde poderia ser construída a nova estação rodoviária portovelhense, e houve um grupo de pessoas que chegaram a sugerir fosse no meio do Rio Madeira. Em 2012, em plena pré-campanha eleitoral, Roberto Sobrinho apresentou à população um projeto, com design moderno, a ser construído no mesmo lugar onde se encontra até hoje e, conforme o noticiário, “o prefeito Roberto Sobrinho lembrou que a construção da nova rodoviária estava entre suas prioridades desde o primeiro mandato”. Mas não passou disso.

O prefeito seguinte, Mauro Nazif, como outros antes, anunciou interesse em construir uma nova rodoviária, podendo até o projeto ser desenvolvido em outras áreas da capital, mas não passou daí, como também outra ideia, de construir até mesmo na região próxima ao Hospital das Marcelina sugerido pelo então governador Confúcio Moura, e que não foi a lugar algum.

O atual prefeito, Hildon  Chaves também entrou no rol que muita coisa prometem e quase nada fazem, mas certamente, de olho na próxima eleição, renovam as promessas como jovens que no período da primeira Eucaristia renovam as “promessas do batismo”, feitas em seus nomes por pais e padrinhos. Mas aqui é uma atividade religiosa.

Em 2019 Hildon fez outra vez como os outros, conforme o noticiário. Anunciou que “Após anos de trâmites legais, finalmente o processo de regularização fundiária da rodoviária de Porto Velho foi concluído. A regularização originou-se através de um processo de desapropriação, tendo como partes o município de Porto Velho, Pedro Origa Neto e Aldo Alberto Castanheira Silva, na 2ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho”.

A nova eleição municipal está a menos de nove meses de nós. E, com certeza, como outros temas comuns, Educação, Saúde, Transporte Coletivo, a nova estação rodoviária da capital vai estar na pauta de todos os candidatos e, pelo que se observa, coremos o risco de chegar perto, ou passar de 10 postulantes.

Fonte: expressaorondonia.com.br






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