RO, Quinta-feira, 25 de abril de 2024, às 15:14



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PSDB desmilinguiu em Rondônia e está fora da disputa nas principais cidades

PORTO VELHO – Outrora partido grande em Rondônia e no Brasil, o PSDB, Partido da Social Democracia Brasileira, desmilinguiu no Estado, ficando ausente do debate eleitoral deste ano em cidades importantes como Ariquemes, Vilhena, Cacoal e Ji-Paraná. E, enquanto o partido foi mingando, alguns de seus dirigentes foram ficando cada vez mais milionários. Dá saudade daquele PSDB nascido ideologicamente para se contrapor às mazelas de sua célula-máter, o então PMDB, com um discurso de ética e do respeito à coisa pública.

Discurso muito parecido com o de outro grande partido que também está caindo pelas tabelas em Rondônia, o Partido dos Trabalhadores. Esse, aliás, antes de chegar ao poder parecia ter o monopólio da ética e da boa reputação. Depois, a história já é bem conhecida.

O resto era resto.

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Os tucanos também perderam bastante influencia em nível nacional e, nas eleições municipais deste ano, pelo menos em Rondônia, onde lançou apenas sete candidatos a prefeito, desidratou-se. Das grandes cidades rondonienses, apenas Porto Velho tem candidato peessedebista. Se esta situação tiver se mantido nas demais capitais e grandes cidades, pode-se avaliar que o partido tucano está conseguindo descer do seu costumeiro muro.

E escolheu o lado do abismo.

Para melhor entender esse quadro, o PSDB em Rondônia nasceu na esteira da defecção do PMDB em que algumas lideranças estavam levando a efeito nacionalmente devido às graves acusações de corrupção dentro do PMDB que estava no poder no governo Sarney. A época, líderes políticos como Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Mário Covas, José Richa, Rita Camata, Dante de Oliveira, José Guedes decidiram não mais fazer parte do PMDB, então liderado por Oestes Quércia, um dos alvos das acusações de malversação de dinheiro público no governo de São Paulo.

Como um rastilho de pólvora, esse sentimento anticorrupção espalhou-se pais à foram e, em Rondônia contou com a adesão de líderes como José Guedes, Odaísa Fernandes e  José Viana.

Três décadas depois, o PSDB está à deriva, depois de ter líderes como Expedito Junior, cuja biografia passa ao largo daqueles que fundaram o partido. Nessas eleições, o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, aliado e parceiro do ex-senador Expedito Junior, concorre à reeleição mas não empresta ao PSDB a aura de grande partido com líderes políticos estaduais. Do mesmo modo, o ex-senador Expedito Junior, duas vezes segundo turno para governador, traz no ‘jamaxi’ estórias e histórias que negam o motivo da criação desse partido.

O mesmo se pode dizer de José Serra e Geraldo Alkmin, ambos na alça de mira do MPF e da PF. Quem ainda estão se salvando é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. De todo modo, os tucanos, versados no poder, estão sempre em cima do muro, e, quando descem o fazem pelos dois lados do muro, como fez Hildon Chaves prefeito de Porto Velho, que negou ser político, renegou a reeleição, deixou espalhar o boato de que não seria candidato, mas revelou-se raposa felpuda da velha política, e é candidatíssimo à reeleição.

Nada mais político.

Nada mais tucano.

Carlos Araújo – Editor

MDB BEM À FRENTE, PSB E DEM: OS TRÊS QUE TEM MAIS CANDIDATOS

Um não é surpresa. O outro certamente é. O MDB é o maior partido de Rondônia e o que terá, nessa próxima eleição, o maior número de candidatos a prefeito, vice e vereadores. Serão 530 emedebistas que vão concorrer. Não há surpresa, porque há muito tempo, também quando eram PMDB, o partido se consolidou como a sigla mais poderosa do Estado, com lideranças como o senador e ex- governador Confúcio Moura e o presidente regional, o deputado federal Lúcio Mosquini. A surpresa vem com o segundo lugar. Trata-se do PSB, sob o comando regional do deputado Mauro Nazif e que, não fossem os dados oficiais do TRE, não se acreditaria que está nessa posição, com 444 candidatos no total. O terceiro é o DEM, do senador Marcos Rogério, com 413 nomes concorrendo. Em quarto lugar vem o PDT, de outro senador, Acir Gurgacz. Logo atrás vem o Republicanos, o antigo PRB, que tem 380 nomes na disputa deste novembro. O PSD, de Expedito Neto, vem logo depois, com 350 candidatos; o sétimo é o Podemos, de Léo Moraes, com 294 nomes. O PP de Jaqueline Cassol, oitavo colocado no ranking de candidaturas: 289. O nono é o PT (sim, o Partido dos Trabalhadores de Lula), com 275 candidatos e o décimo o PTB, aquele de Roberto Jefferson, com 270 candidaturas. O PSDB de Hildon Chaves tem 258 postulantes e o Patriotas tem 204. Como curiosidade o  PSL, que era forte no Estado até o rompimento de Bolsonaro, está na 13ª posição.






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