RO, Sexta-feira, 19 de abril de 2024, às 13:46



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PRESENCIAL OU LIVE? Religiosos falam sobre efeitos da pandemia na relação com os fiéis e a necessidade de readaptação

PORTO VELHO – Desde março do ano passado, além das duras modificações que cada um teve de fazer em suas vidas, para atender às normas  provocadas pela pandemia, editadas pelos governos, uma delas está mexendo muito com os que praticam, pouco ou muito, de qualquer das religiões, a suspensão dos ofícios religiosos ao vivo.

Em abril, quando se esperava que aquela loucura passasse logo, ou pelo menos fosse amenizada, o expresssaorondonia tratou do assunto, ouvindo pessoas de diversas crenças, com opiniões divididas, o que não mudou agora, quase um ano depois do início desta fase.

Na ocasião ouvimos alguns religiosos, sobre o que pensavam da modalidade, num momento em que, conforme uma das paróquias informou, estavam atingindo mais de mil pessoas por celebração o que, na opinião de um padre, levava a aumentar a responsabilidade e, em seguida, sugestões e críticas. As opiniões de dois religiosos lembram praticamente as mesmas preocupações.

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O PADRE E O PASTOR

Padre Juquinha, da Pastoral Carcerária, disse que melhor para ele é quando está em uma celebração presencial, lembrando que isso oferece um contato melhor com os fiéis, e, por sermos serem sociais, permite uma aproximação maior da comunidade, mas que o fato de oficiar de forma virtual, devido à proibição de reuniões presenciais, não altera sua maneira de presidir o ato religioso.

“Vou preparado para a celebração, não havendo preparação diferente se é por live ou presencial. Entendo que para falar da Palavra de Deus, em qualquer ambiente e para qualquer público, é necessária uma preparação correta e isso procuro fazer sempre”.

Ele acrescentou que mesmo sendo possível haver um público muito maior durante a apresentação via live, haja vista a possibilidade do  número de pessoas assistindo ao mesmo tempo, “tenho de saber explicar bem e ministrar como deve ser o rito”.

Na Igreja Igreja Adventista Central de Porto Velho, o pastor Mário Sérgio Calegão fez uma avaliação deste período. Para ele, “A pandemia agiu como um elemento polarizador, muitos irmãos que já viviam uma religião nominal aproveitaram para se afastar completamente dos princípios bíblicos. Por outro lado, encontramos irmãos que ao verem a gravidade do momento se apegaram verdadeiramente com Deus”.

Sem poder realizar cultos presenciais, a adventista central também faz cultos on-line. “Não é a mesma coisa pregar para um igreja cheia e pregar para uma câmera, mas o estilo de pregação e mensagens eu creio que não mudamos, principalmente porque buscamos uma pregação cognitiva, apelando para a razão, se nossa pregação fosse centrada nas emoções, creio que teríamos tido muitas dificuldades”.

O pastor Calegão lembra que as pessoas estão certas em dizer que o presencial é melhor, “Até porque somos seres relacionais. A igreja propicia um ambiente mais apropriado para a adoração. O modelo on-line veio para atender uma necessidade que a pandemia criou, atender nossos irmãos na segurança da sua casa”.

Afinal ele admite um fator que também foi lembrado pelo padre Juquinha, o que o padre Juquinha havia destacado: o de que daqui para a frente, com certeza, tanto religiosos quanto pastores deverão se adequar e aprender a conviver com os dois modelos, o presencial, quando puder, e o via live.

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Fotos: Arquivo e internet\google






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