RO, Terça-feira, 16 de abril de 2024, às 19:52



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População não acredita mais em decretos ‘fecha-tudo’ para conter a evolução da covid-19

PORTO VELHO – O festival de decretos determinando as vidas dos cidadãos no Estado, mais precisamente e com muito maior força atingindo os de Porto Velho, transformaram a nova decisão colocada em vigor desde esta semana em motivo de desconfiança e piada no meio da população. “Já tivemos e estamos tendo de tudo, desde briguinha entre governador e prefeito até entrada em vigor de uma norma num dia e 24 horas depois tornada sem efeito, uma brincadeira de péssimo mau gosto”, como disse um funcionário do Estado.

Um aluno de curso de Direito fez até uma comparação. Ele disse que no Brasil é comum se falar em “insegurança jurídica” porque, como lembrou, a norma pode mudar a qualquer instante, “então, como é que vamos acreditar que dessa vez não farão como das vezes anteriores?”

Dúvida, pelo visto, é saber se, além de cobrar ao cidadão que, além de não sair de casa ainda “dedure” os vizinhos, dessa vez o Estado e a prefeitura vão fazer suas partes, inclusive na fiscalização, “mas com seriedade”, com várias citações de recentes casos em que até oficiais da PM estariam envolvidos numa pelada de futebol no Campo do Moto Clube e da denúncia de agressão de um capitão da própria PM, em Presidente Médici , a funcionários municipais quem tentavam fazer funcionar um decreto que proibia aglomerações.

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“O exemplo deveria vir de cima. O governador, que diz ser coronel da Polícia Militar deveria ter vindo a público e falado duro, mas não fez. Aí o cidadão comum, que não tem “padrinhos”, também entendeu que, como diziam antigamente no tempo da ditadura, que se podem dar “chá de estrela” não há motivo para temer ser punido”, disse um aposentado.

“Virou bagunça e não dá para acreditar que estão falando sério. Erraram desde o início, não se prepararam como deveriam ter feito e quando a coisa aperta eles têm um alvo certo em quem lançar a culpa: o cidadão, mas nunca reconhecem a fata de capacidade para gerenciar uma situação tão grave”, reclamou Maria Alice, aposentada.

Um conhecido fotógrafo de Porto Velho, residente num bairro da zona Sul garante que naquela região são comuns as baladas em botecos ou residências. Alegando  ser funcionário de um órgão municipal, ele disse que não poderia dar o nome, mas destacou ser “impossível” que a polícia não saiba, “porque sempre estão passando nas redondezas”.

“Perto da minha casa tem roda de samba praticamente todos os finais de semana, já tentei falar com o 190 (Polícia Militar) mas não consigo. E aqui pela Pinheiro Machado sempre tem carro da Polícia passando, mas parece que eles estão com os vidros levantados e não escutam nada”, reclamou uma moradora daquela avenida que não se identificou alegando ser “quase vizinha” da balada.

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