RO, Quarta-feira, 24 de abril de 2024, às 15:11



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POLÍTICA – Sem o ‘guarda-chuva’ das coligações, partidos “lambem feridas” e se reorganizam para conseguirem melhores performances em 22

PORTO VELHO – O ditado “rei morto, rei posto” pode ser aplicado a cada dois anos aos partidos políticos, mais especialmente após as eleições municipais porque os resultados, obtidos nelas, podem sinalizar uma avaliação do que esperarem, os partidos como grupo e os filiados, individualmente, para a disputa seguinte, como já acontece agora em relação ao que houve em 2020 e o que imaginam poderem fazer para melhorar os resultados dentro de dois anos.

Para deputados federais e estaduais também a hora, agora, é para verificar os resultados de candidatos que tenham apoiado, até para medir se valeu a pena, já visando a reeleição, um projeto que em várias oportunidades houve casos de apadrinhados na disputa municipal acabaram deixando de lado os padrinhos e se lançaram disputando as mesmas vagas de seus filantropos, ou se bandeando para outras áreas “mais férteis”.

Daniel Pereira, presidente do Solidariedade,  defende novos critérios para manutenção de não coligações para deputados federais e estaduais em 2022

O expressaorondonia.com.br procurou ouvir candidatos e partidos, através de uma série de questionamentos comuns a todos. Alguns não responderam, apesar de terem informado que mandariam “em seguida”, e de termos insistido.

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PERGUNTA – Seu partido já avaliou os resultados de 2020 ou pretende fazer quando?

Vereador Alekis Palitot, PTB, reeleito – Já fizemos. E estamos nos preparando para melhorar mais em 2022.

Daniel Pereira, Solidariedade, presidente regional – Avaliamos e de forma geral os resultados foram positivos. Houve entraves porque tivemos de nos reorganizar, já que havia muitos problemas deixados pelos que antecederam.

Vinícius Miguel – Cidadania, ex-candidato a prefeito – Sim, houve uma avaliação interna. A Executiva Nacional ainda fará novas interpretações.

Lindomar Garçom, Republicanos, ex-candidato a prefeito – Fomos bem. Saímos de 20 para pouco mais de 40 vereadores.

PERGUNTA – Qual sua análise dos resultados obtidos em 2020?

PALITOT – Como em 2016, eu trabalhei sem verba partidária em 2020. E tivemos uma concorrência muito pesada. Minha linha de conduta atuando de forma independente, prefiro sempre ficar sem apoio oficial, além de outros fatores geraram dificuldades mas ainda consegui ficar em quarto lugar.

DANIEL PEREIRA  – Lançamos candidatos a prefeitos, e mesmo não conseguindo nenhuma vitória, os resultados foram considerados bons. Em 2º lugar em Ariquemes e Buritis. E fizemos 13 vereadores. e em Rolim de Moura nosso candidato teve de ser hospitalizado devido ao covid e isso influenciou no resultados. Fizemos 13 vereadores.

“A ausência de coligações partidárias para as eleições proporcionais não deve continuar”, propõe Vinicius Miguel, do Solidariedade

VINICIUS MIGUEL – A análise é positiva, a despeito dos baixos custos com Fundo Eleitoral, da não utilização de Fundo Partidário no ano de 2019 e de 2020, de uma sórdida campanha de difamação, foi o voto mais barato. No geral significou uma consolidação política.

LINDOMAR GARÇOM – Foi acima do esperado. Elegemos prefeitos e vices, além de um bom número de vereadores. Na preferência do eleitor rondoniense ficamos em 5 lugar , dentre mais de 30 partidos.

PERGUNTA – Já há uma estratégia em estudos, visando eleições de 2022?

PALITOT – Já estamos reunindo visando 2022, o que é normal porque para obtermos resultados melhores temos de sempre estarmos analisando e buscando superar erros.

DANIEL – Claro. O importante quando se participa de um pleito é olhar no retrovisor, observar resultados e a seguir entender o que aconteceu para podermos nos sair melhor na próxima.

VINÍCIUS MIGUEL – Sim. Há previsão de realização de reuniões periódicas com partidos coligados e com aliados. Ainda, contratamos pesquisas eleitorais e de opinião.

O presidente do republicanos, Lindomar Garçon entende como positiva a eleição sem coligações para proporcionais

GARÇON – O Republicanos terá candidatos a senador e para a Assembleia e deputados federais, além de buscarmos um nome próprio ao governo ou, então, uma parceria viável para ermos bom palanque durante a campanha.

PERGUNTA – Os seus resultados em 2020 podem influenciar sua decisão para 2022? (essa pergunta não foi feita a Daniel Pereira porque não foi candidato em 2020)

VINICIUS MIGUEL – Os resultados da eleição de 2020 me animam. Fiquei em 3º lugar com quase 30 mil votos, mas para definir com relação a 2022 várias questões devem ser analisadas, com realização de reuniões periódicas com partidos coligados e com aliados. Devo ser candidato.

PALITOT – Houve vários fatores que causaram redução de votos, apesar de ter sido eleito. Isso me anima a pensar em candidatura em 2022, mas ainda vai depender de outros fatores.

GARÇON (6º na disputa para prefeito, pouco mais de 12 mil votos) – Devo ser candidato, mas a decisão é do partido, ainda sem definição em que posição na nominata, podendo ser outra vez a deputado federal

PERGUNTA – O fato de não ter havido coligações para vereadores foi bom ou ruim para o partido?

GARÇON – Foi bom não ter coligação. Em Porto Velho fizemos dois vereadores. Crescemos bem em todo o Estado. Para nós foi positivo não ter coligação.

“Em 2020 muitos candidatos a vereador estavam ali fazendo número, e não é isso que interessa ao processo político”, lembra o vereador reeleito Alekis Palitot

PALITOT – Essa situação tem de ser aprimorada. Em 2022 cada partido poderá colocar 16 candidatos para deputado federal. Mas o modelo deve ser aprimorado, porque em 2020 muitos candidatos estavam ali fazendo número, e não é isso que interessa ao processo político.

VINICIUS MIGUEL – A ausência de coligação eleitoral para as proporcionais foi negativa. Não deveria continuar.

DANIEL – Isso precisa ser mais avaliado com relação a 2022, e já há parlamentares analisando. No caso de Rondônia só os grandes partidos podem afirmar hoje que terão nominatas completas.

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