RO, Sexta-feira, 26 de abril de 2024, às 18:38



RO, Sexta-feira, 26 de abril de 2024, às 18:38


PF prende chefe de grupo criminoso que desmatou 1,6 milhão de hectares e incendiou reserva ambiental de RO

NOVA UNIÃO – A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta sexta-feira (19) para prender o chefe de um grupo criminoso que desmatou 1,6 milhão de hectares e provocou incêndios de grandes proporções após invadir a reserva ambiental Margarida Alves, em Nova União (RO).

Operação Coordenação é realizada em Rondônia — Foto: PF/Divulgação

Ao todo, a operação Coordenação cumpre sete mandados judiciais, sendo seis são de busca e apreensão e um de prisão.

Segundo a PF, todos os investigados são responsáveis por causar queimadas em blocos do Assentamento Margarida Alves no ano passado.

- Advertisement -



Cerca de 30 agentes participam da Operação Coordenação nas cidades de Nova União, Mirante da Serra e Ouro Preto do Oeste.

Como o grupo agia?

Segundo a PF, o líder da organização criminosa instigava os invasores a ocupar a reserva Margarida Alves, sob o pretexto de que a área seria regularizada junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Agentes cumprem mandados judiciais na Operação Coordenação em Rondônia — Foto: PF/Divulgação

Muitas pessoas da região de Nova União acreditaram nas promessas e atenderam ao pedido do chefe do bando.

Após invadir o local, o grupo desmatava a área de floresta e provocava grandes queimadas. Um dos incêndios na região foi registrado em agosto do ano passado.

Quanto foi desmatado?

Uma perícia realizada na reserva descobriu que o grupo criminoso desmatou 1,6 milhão de hectares, causando um dano ambiental de R$ 3,5 milhões.

Reserva Ambiental Margarida Alves, após incêndio em Nova União (RO) — Foto: Reprodução/Redes Sociais

“O custo para a recuperação ambiental da área foi calculado em R$ 2,9 milhões. Com isso o grupo gerou um prejuízo para União em torno de R$6,5 milhões”, afirma a PF.

Como o esquema foi desvendado?

Após a PF deflagrar a Operação Illusio, em dezembro do ano passado, foi descoberto que aproximadamente 210 pessoas invadiram e repartiram a reserva Margarida Alves em 07 glebas, as quais foram denominadas pelos invasores como “comunidades”.

A investigação aponta que cada um dessas setes comunidade tinha uma liderança.

“Os levantamentos realizados culminaram na identificação da liderança do grupo invasor e de outras pessoas que auxiliaram o grupo na empreitada criminosa”, diz a polícia.

Reserva Ambiental Margarida Alves, após incêndio em Nova União (RO) — Foto: Reprodução/Redes Sociais

De acordo com a polícia, todos os envolvidos têm residência fixa, “o que corrobora com os indícios de que o interesse na aquisição das terras tem apenas o objetivo de possuir novas propriedades rurais sem maiores gastos financeiros, bem como de efetuar a posterior comercialização”.

Todos os investigados na Operação Coordenação responderão por estelionato e associação criminosa, incêndio e desmatamento, e invasão de terras públicas.

 

 

 

 

 

Fonte: G1 RO






Outros destaques


+ NOTÍCIAS