RO, Terça-feira, 23 de abril de 2024, às 2:23



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Partidos “afiam as armas”, mas no MDB pode ter “guerra” pela cabeça da chapa a prefeito

PORTO VELHO – Em mês de realização de convenção para escolha de candidatos a prefeito, vice e vereadores, os partidos já se movimentam. E não só em Porto Velho, com previsão de muitos nomes novos mas, também, de outros que estão estreando na política em todos os 52 municípios do Estado. “É a hora de afiar as armas”, disse um experimentado ex-deputado estadual que não será candidato agora, mas com muita chance de chegar à disputa do Estado em 2022.

O partido mais antigo, o MDB, criado em 1967 pelo AI-2 e que a partir da década de 1980 agregou o “P” e ficou “PMDB”, retroagindo nessa segunda metade do Século XXI para só “MDB”, vai para a disputa com previsão de ter candidatos a prefeitos em 34 dos 52 municípios. E quer “fazer” pelo menos 25 prefeituras e maioria em mais de 20 Câmaras de Vereadores, mas pode ter uma disputa acirrada entre os seus “caciques”, justo no maior colégio eleitoral do Estado, em Porto Velho, onde só elegeu apenas um prefeito desde 1985, Jerônimo Santana, na primeira vez em que a ex-capital do Território e, já como capital do Estado, houve eleição para o cargo.

Afora que haja mudanças de última hora, o que não será novidade, o partido terá na abertura da convenção, a ser realizada até o final deste mês, três pretendentes à indicação à sucessão do “tucano” Hildon Chaves, dois deles estreando na política eleitoral. Um já bastante conhecido, o ex-secretário estadual e municipal de Saúde Williames Pimentel, que disputou o cargo e não levou em 2016. Os estreantes são o desembargador aposentado Walter Walenberg e o ex-secretário de Planejamento durante o governo Confúcio Moura, George Braga, citado sempre como tendo feito um bom trabalho.

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Waltenberg vinha sendo dado como “carta marcada” e até já deu entrevista destacando seus projetos, mas nos últimos dias os dois outros começaram a ganhar destaque dentro da sede estadual do partido, e fora dela. Tanto George quanto Pimentel são de origem familiar de oposição, dos tempos do início do MDB na década de 1960, o que deverá atrair a atenção do grupo chamado de “peemedebistas históricos”.

Dentro do MDB é possível, no entanto, ouvir pessoas dizendo que a apresentação do pré-candidato citado como “Desembargador Walter Waltenberg” pode representar um empecilho para angariar votos,  como explicou um conhecido e antigo emedebista: “Muitas siglas, creio que a maioria, tiraram a identificação de “partido”, como foi nosso caso, que passou a ser apenas “MDB”, como era até o início da década de 1980, porque o eleitor, que já nem quer saber de política e muito menos de “partido”, nem de identificadores profissionais em lista de candidatos”.

Mas mesmo dentro do partido a expectativa é de que haja composição, para evitar uma cisão como aconteceu durante a convenção de escolha de candidatos ao Senado em 2018, quando a briga de caciques entre o grupo de apoio ao então governador Confúcio Moura e o do então senador Valdir Raupp, partiram para além da discussão em torno de ideias, com cenas de pugilato, o que teria afastado eleitores. Abertas as urnas, tanto Raupp quanto a esposa deputada Marinha Raupp, que tentavam a eleição, perderam, e Confúcio foi eleito, mas tendo um estreante, o empresário Jaime Bagatolli, de Vilhena, em sua cola.

Do ponto de vista partidário, o MDB, que tinha em Confúcio e em Raupp dois candidatos com chances reais, perdeu e acabou ficando só com uma das duas vagas em jogo, elegendo Confúcio.

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