RO, Sábado, 20 de abril de 2024, às 0:42



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Padrão Caixa de atendimento: “retire-se! Você está contaminada”, diz atendente, humilhando correntista

PORTO VELHO – É inescapável notar o contraste entre o discurso do presidente da Caixa Econômica Federal – um banco do povão –, Pedro Guimarães, e o péssimo atendimento e desorganização verificados nas agências espalhadas por todo o estado de Rondônia. Na capital, em nenhuma das agências os terminais de autoatendimento funcionam à contento, não há oferecimento de álcool gel, vigilante ou estagiário para orientar as pessoas sobre o distanciamento e nem termômetro para medir a temperatura de quem vai acessar o interior das agências.

As autoridades falam muito sobre exigências de protocolos de segurança para supermercados, shopping e o comércio em geral, mas, sobre os bancos, nenhuma autoridade exige nada. E olha que se trata de serviço ao público com grande fluxo de atendimento e, portanto, muito mais vulnerável à propagação e transmissão do vírus.

E trata-se do segmento que mais fatura no Brasil e que faz de tudo para não deixar um único brasileiro desbancarizado.

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Agora, olha só essa matéria que o site parceiro FOLHA DO SUL ON LINE traz sobre um episódio ocorrido na agência da Caixa Econômica Federal em Vilhena.

A reportagem do site entrevistou, na tarde de ontem, a vigilante Simone de Carvalho Corrêa, 35 anos, que trabalha numa empresa de segurança privada, e foi vítima de discriminação por uma atendente da Caixa na cidade de Vilhena. O episódio foi parar na polícia e deve acabar na justiça.

Na sexta-feira da semana passada, Simone foi até a agência da Caixa Econômica Federal, que funciona no Park Shopping Vilhena, para resolver um problema em sua conta bancária. Ele pretendia atualizar seu cadastro na instituição financeira, já que não estava conseguindo fazer transações.

Usando máscara e tendo passando álcool em gel nas mãos, a correntista foi chamada após uma hora aguardando o atendimento. No meio da conversa com a funcionária a quem expunha seu problema, uma outra bancária disse que precisava falar “em particular” com a colega.

Pouco depois do diálogo com a outra, a mulher que estava atendendo Simone retornou ordenando: “se retire da agência, a senhora está contaminada”, disse, referindo-se a um suposto contágio da cliente pelo novo coronavírus.

A vigilante ainda tentou argumentar que não havia testado positivo para a covid-19, mas segundo ela, a interlocutora nem deu bola, e alegou que havia recebido a informação de uma cunhada de Simone.

O assunto tem aspecto de intriga entre familiares.

Em prantos, a denunciante ligou para a Polícia Militar e foi orientada a registrar um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, o que foi feito naquela mesma data. Também no dia, Simone colheu material para exames, cujo resultado chegou ontem, mostrando que ela não está infectada.

Após ouvir da atendente que ela deveria “resolver o problema em sua casa”, numa alusão à suposta cunhada que a havia denunciado, Simone disse ao site que pretende levar o caso à justiça. Ela alega que a humilhação que lhe foi imposta aconteceu em público.

O site está à disposição da Caixa, caso a instituição financeira tenha interesse em se manifestar quanto à acusação da correntista.

Com informações do Folha do Sul On Line






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