RO, Quarta-feira, 24 de abril de 2024, às 23:38



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O medo ainda paira no ar, dos dois lados: do comerciante e do consumidor, apesar da necessidade de reabrir

PORTO VELHO – Se falta confiança e temor até de perder o emprego, de parte dos clientes, os cuidados da Fecomércio, com relação à busca da passagem para a quarta fase prevista no decreto do governo do Estado, vão continuar para evitar que possa acontecer um retrocesso e isso leve a um aumento maior dos problemas enfrentados desde março, quando aconteceu o primeiro fechamento de muitas atividades, atingindo em cheio o comércio, provocando autêntico caos, com muitas demissões e fechamento de empresas.

Pelo visto ainda não dá para comemorar, até porque o medo paira no ar, dos dois lados, do comerciante e do consumidor. Pelo seu lado as entidades patronais estão realizando uma série de atividades, incluindo circulação de carros de som nas áreas de maior presença de lojas, visando orientar à contínua utilização de equipamentos de prevenção. ”De nossa parte estamos fazendo, mas é preciso que além que a população faça a sua e que tanto governo quanto a prefeitura também se inclinem a manter não só a fiscalização sobre nós, mas quanto a quem, apesar de todas as campanha, continua sem uso de máscaras, andando em grupos e realizando lives ao vivo”, disse um empresário da Jatuarana.

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Em vários locais de comércio mais ativo de Porto Velho é possível observar a verdade do que diz o empresário, passando a ideia de que muita gente não está levando a sério o momento difícil que se está vivendo. Em supermercados e zonas comerciais é comum crianças, até de colo, serem levadas para as compras, ou pessoas do grupo de risco estarem nos mesmo locais, muitos em companhia de outras bem jovens. Isso tem gerado queixa de que tanto a prefeitura quanto o governo estadual não estão agindo como preveem os próprios decretos e apelos feitos com relação à prevenção da doença.

“A nossa ideia é conseguir passar para a Quarta Fase, a de abertura comercial ampliada com prevenção contínua, a partir de dia 31 de Julho, quando, se supõe,  haverá reabertura total com os critérios de proteção à saúde coletiva, enquanto houver circulação do vírus sem medida de proteção efetiva (vacina)”, disse um representante da Federação do Comércio, acrescentando que o consumidor parece estar muito cauteloso, seja pelo medo de perder o emprego, seja pelo receio  da crise da covid-19 ou pelas expectativas sobre o futuro.

Um problema que está sendo considerado um impedimento, para mensurar o movimento do comércio, é a desinformação de parte dos comerciantes que não têm fornecido seus respectivos faturamentos às entidades patronais, para que se possa fazer um controle melhor em relação a cuidados, capazes de ajudar a fortalecer a luta contra a covid e à ameaça de retorno ao grau 2, ou ao 1.

PESQUISAS NACIONAIS

A Federação do Comércio ainda não conta com registros, a partir de pesquisas, com relação à movimentação do comércio e a participação dos clientes, mas tomando como base duas feitas em nível nacional, pode-se observar alguns aspectos preocupantes, como  a disposição de consumo menor corre em paralelo com o receio do futuro, de vez que 65% dos trabalhadores formais e informais dizem ter “medo” de não ter renda no futuro e 28% deles tem um “medo grande ou muito grande” de ficar sem renda. E 87% dizem que pretendem manter o nível reduzido mesmo com o fim do isolamento social. Também o acesso ao crédito, para os micros e pequenos, via Pronampe, tem sido abaixo do esperado com apenas 8% das empresas tendo sido atendidas até a metade do mês, o que, para elas, foi um alívio, mas, ainda representam muito pouco no universo estadual.

Uma sondagem informal feita pela Consultoria Usina de Ideias revela que 63% dos entrevistados afirmam que a recuperação ainda não começou e 56 % acreditam que a retomada vai demorar 6 meses, outros 31% apostam em um ano. Uma percentagem de 57% das pessoas que disseram ter perdido renda, mas, o dado preocupante é o de que 82% dos entrevistados dizem que reduziram seus gastos mensais desde o início da pandemia.

Consumidores e comércios devem seguir algumas orientações para manter a segurança e ajudar no combate ao coronavírus





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