PORTO VELHO – A questão da rodoviária intermunicipal e interestadual de Porto Velho, que se arrasta há pelo menos 20 anos, e pode ir mais à frente, em razão de algumas questões, inclusive a omissão absurda da Câmara de Vereadores que, muda tem ficado durante todo esse tempo. É como se não fosse sua obrigação fiscalizar as ações do Executivo – o que não tem feito e gera reclamações das ruas de que uma Câmara só serve para mudar nome de ruas.
O expressaorondonia.com.br em sua série de reportagens a respeito do tema, solicitou informações a alguns atores que tenham participação no processo. Entre os ouvidos pela reportagem, o ex-prefeito Roberto Sobrinho (2005/2012) que respondeu aos questionamentos, e o ex-governador Daniel Pereira (março a dezembro de 2018).
ROBERTO SOBRINHO
“Em minha administração a prefeitura, com recursos próprios, cerca de 10 milhões de reais, realizou a licitação e contratou uma empresa para a construção da nova rodoviária, cujas obras começariam em outubro de 2012. Quando o Prefeito Mauro Nazif assumiu, em janeiro de 2013, ele pagou cerca de 1.000 milhão de reais pelos serviços executados pela empreiteira e determinou a paralização da obra”, explicou.
Em seguida ele faz uma cobrança ao seu sucessor e atual deputado federal. Segundo Roberto Sobrinho, “o restante do recurso empenhado para obra (nove milhões de reais) foi desviado pelo Mauro Nazif para outra finalidade”, uma afirmação que remete à necessidade de explicações de parte do seu sucessor, Mauro Nazif, que também foi procurado via e-mail pelo site, mas ainda não respondeu.
Ele lembra que o terreno, onde se encontra a rodoviária há mais de 40 anos, é da prefeitura, acentuando que o início das obras gerou uma questão judicial por ação impetrada pelo advogado Pedro Origa. A ação foi ganha pelo município, ficando pendente a respectiva indenização.
Sobre a localização da estação, Sobrinho disse não ter dúvida de que o local atende ao fluxo de veículos, conforme estudos feitos por técnicos, frisou. “A Rodoviária na minha concepção tem que estar em um local que seja bom para os usuários do transporte de passageiros intermunicipal e interestadual. Fui a favor que ela permanecesse no mesmo local”.
“Foram realizados estudos técnicos, em conformidade com as exigências da legislação (impacto de vizinhança, trânsito etc). Os estudos demonstraram que era perfeitamente possível a manutenção da rodoviária naquele local. Eram cerca de 50 chegadas e 50 partidas de ônibus ao longo do dia, o que não gerava pressão sobre o trânsito da região”.
O ex-prefeito explica, ainda: “em minha administração contratamos uma empresa para realizar o projeto de engenharia da nova rodoviária. A construção era no terreno localizado atrás da Rodoviária. No local em que se encontra a rodoviária atualmente seria um grande estacionamento”.
AMANHÃ: DOIS DEPUTADOS DE PORTO VELHO IMPEDIRAM PROJETO DA NOVA RODOVIÁRIA
Uma das obras mais pedidas por segmentos os mais diversos dos moradores da capital e dos que vêm do interior, a nova estação rodoviária, não pode seguir adiante porque dois deputados, ambos de Porto Velho, foram contra o projeto de doação, pelo Estado, do prédio à prefeitura, que já é dona do terreno, conforme o ex-governador Daniel Pereira.
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