RO, Quinta-feira, 25 de abril de 2024, às 8:21



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No aeroporto de Porto Velho e no shopping, faz-se de tudo para o cidadão só usar o estacionamento pago. E caro!

PORTO VELHO – Porto Velho é uma cidade onde empresas e até órgãos públicos vão usurpando e se apoderando dos espaços destinados a estacionamento público – sob o beneplácito das autoridades -, como que forçando os proprietários de veículos a utilizarem apenas os estacionamentos privados – e pagos. Recentemente, foi preciso a intervenção pessoal de um deputado federal para que o Shopping de Porto Velho desobstruísse um via em que eles proibia o cidadão de parar seus carros, forçando-os, naturalmente, a utilizar o estacionamento paga dentro do shopping. No aeroporto de Porto Velho – aquele que foi internacionalizado só na placa de identificação, sem adoção das outras medias que realmente o tornasse uma terminal internacional -, a própria Infraero, a empresa estatal responsável pela administração da área, parece que faz de tudo para que os usuários utilizem apenas o estacionamento pago. E caro! Até uma ciclovia já inventaram para restringir o espaço destinados aos carros que chegam para deixar ou buscar alguém.

Quem estaciona no espaço da faixa amarela está sob constante ameaça de ser multado, o que leva à ideia de que se está forçando quem vai ao aeroporto a colocar seu veículo no estacionamento pago

Deixar/buscar alguém no aeroporto Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho, representa um forte risco de acidente ou de sofrer uma multa, porque ali não funciona a máxima “proibido proibir” que embalou os jovens do ano “que não acabou”, 1968. Um claro erro de programação – a estreita faixa de rolamento para quem vai de carro buscar ou deixar passageiro é apenas um dos problemas.

O estacionamento oficial do aeroporto, explorado por uma empresa particular, cobra oito reais a hora, afastando quem não tenha dinheiro na hora e pretenda só mesmo desembarcar um amigo ou parente. Especialmente à noite, quando o movimento de saída/chegada de aviões é maior, o motorista tem de correr riscos, da multa até uma batida, e até se expor a reclamações de taxistas que têm enorme espaço para colocarem seus veículos.

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Pela informação no local, quem define locais de circulação e estacionamento, e para qual setor isso é permitido, é a Infraero – cujo cuidado com os espaços do aeroporto muitas vezes deixam banheiros sem papel higiênico ou sabão para higiene das mãos mas, pelo visto, não dispensam as taxas (o que é legal) que, pelo visto, não se reverte, no atendimento aos usuários.

Para impedir o usuário de parar na pista em frente a área de embarque e desembarque, a Infraero já inventou até um ciclovia no local, cancelada depois da reclamação do público

Trafegar na estreita faixa de rolagem de veículos é um bom exercício duplo para os condutores, de paciência e de perícia, porque a qualquer momento pode acontecer um acidente e gerar uma situação muito pior caso gere interrupção o fluxo de veículos, e isso acontece, em grande parte, porque não há espaço e nem onde você parar.

Com isso, o comum é se formarem filas duplas, motoristas nervosos – porque temem uma batida, não podem deixar seus passageiros na beira da calçada e até aparecer o guarda da Semtran com o bloco de multas à tiracolo. E essa fila dupla também acontece em frente ao portão mais usado pelos que estão chegando, porque condutores de van acabam se amontoando e, então, a confusa situação fica pior.

O próprio estacionamento pago é criticado pelos usuários. Queixas pela falta de cobertura para quem deixa veículo ali, contra sol ou chuva, a rampa, para uso de idosos ou deficientes, bem distante do aeroporto também causa queixas, assim como falta de um espaço panorâmico para quem for ao aeroporto poder ficar vendo o movimento dos aviões.

“Aqui se uma criança quiser ver o pai chegar ou viajar não pode. “Há alguns anos podíamos ficar na praça de alimentação e ver o movimento dos aviões. Agora, nem isso”, reclamou Maria Cunha, apenas uma das muitas pessoas que criticam o que chamam de “descaso da empresa responsável para com os que pagam a conta”.

Fonte: expressaorondonia.com.br






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