RO, Quinta-feira, 28 de março de 2024, às 16:12



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MAU EXEMPLO – Ponto facultativo municipal de quase 3 dias na capital pode facilitar ‘coronafolias’ e aumentar muito o risco de mais casos de covid

PORTO VELHO – Um dos setores da sociedade que ainda lida com certa tranquilidade quantos aos abalos econômicos da pandemia de corona vírus é o serviço público brasileiro uma ilha de privilégios e benefícios, quando cotejado com as condições oferecidas ao trabalhador da iniciativa privada. Mas há algumas questões que levantam certas interrogações, como a decretação de ponto facultativa de praticamente três dias seguidos em Porto Velho, tendo como justificativa o período de carnaval.

Mas não haverá carnaval. Pelo menos público ou à olhos vistos.

Acumular mais pessoas dentro de casa durante este período é uma boa iniciativa?

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O prefeito Hildon Chaves, que chegou a abrir mão de suas responsabilidades no primeiro pico da pandemia, deixando ao governador Marcos Rocha decisões sobre o município, pelo visto continua sem muita preocupação com a crise da pandemia, e decretou que o funcionalismo tenha ponto facultativo durante o período que, até ano passado, era chamado de “reinado de momo. A impressão que fica é a de que a explosão dos casos de covid em Porto Velho, primeiro devido à campanha eleitoral e, depois, às festas de final de ano”, não serviram de (mau) exemplo ao prefeito Hildon Chaves que, pelo visto, colocou de lado qualquer cuidado maior com junção de pessoas ou realização de coronafests, neste caso, as ‘coronafolias’.

© Reuters/Direitos Reservados, as

Pelo decreto, mesmo não sendo o carnaval um feriado oficial, nos dias 15 e 16, tradicionalmente chamados, quando coincide com o carnaval, de “segunda e terça-feira gordas, e também na chamada “quarta-feira de cinzas”, dia 17, não haverá expediente nas repartições municipais, e o trabalho só volta no dia 18.

Conforme a decisão do prefeito, durante o período só funcionarão os chamados “serviços essenciais”, mas, o restante dos servidores ficará o livres para, mesmo sem bailes, sem desfiles de blocos e escolas de samba, poderem ir para sítios, fazer reuniões com amigos e correrem o risco de serem infectados e infectar outras pessoas, normalmente tendo como vítimas potenciais parentes que fiquem em casa.

CAPITAIS DA FOLIA

Do ponto de vista de geração de empregos, de movimento da economia e de divulgação o carnaval carioca, com todo o respeito aos esforços de nossos carnavalescos e grupos responsáveis pela folia, na “capital do samba” este ano não há carnaval, pelos mesmos motivos que em Porto Velho, oficialmente, também não.

Tocando agogô na bateria da Portela, em em 2015, Eduardo Paes, de volta à prefeitura carioca, apesar da importância que o Carnaval tem para o Rio de Janeiro, cancelou a folia

Lá, o prefeito Eduardo Paes não decretou ponto facultativo, mantendo o trabalho normal durante os “três dias de folia”, e isso apesar dele ser um carnavalesco bem reconhecido como tal. Os próprios blocos e escolas de samba já anunciaram que este ano, nem pensar.

De seu lado, a decisão do prefeito Hildon Chaves vem na contramão de outro ponto muito importante da folia brasileira, Salvador, onde o Carnaval 2021 está suspenso até que existam condições sanitárias suficientes para que o evento aconteça com total segurança para todos.

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