RO, Quinta-feira, 28 de março de 2024, às 14:20



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Marcos Rocha usa a velha tática do “eu não sabia” para poupar seu chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves

VILHENA – Governador oriundo da oficialidade da Polícia Militar – o que ele faz questão de repetir sempre -, o coronel Marcos Rocha é um integrante da chamada comunidade de informação. Mas, às vezes, não parece disposto a dar explicações públicas quando o problema afete diretamente a administração. É, portanto, um homem que sabe como montar um eficiente esquema de informação e seus adversários sabem disso. Assim, fica difícil se acreditar que ele não saiba o que acontece pelo menos no entorno de seu gabinete.

Essa tem sido uma tática dos homens públicos sempre que um de seus assessores próximos são pegos ‘com a mão na cumbuca’. O mais clássico desses casos é o ex-presidente Lula, que sempre alegou não saber o que fazia subordinados nomeados por ele.

Nesta sexta-feira, durante visita oficial a cidade de Vilhena, o governador abriu uma clara exceção na rotina para falar sobre o afastamento judicial do chefe da Casa Civil. Na nota mandada à imprensa pelo CPA, alegou que seu secretário “precisou deixar suas funções administrativas por tempo limitado”.

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Em Vilhena Marcos Rocha falou mais sobre o caso e, a julgar pelo que disse, foi “pego no contrapé”, ao alegar não ter nem “subsídio” para falar. “Eu sou um coronel da PM, fui oficial de engenharia do Exército. Sempre defendi e protejo a lei. Todas as pessoas têm direito à presunção de inocência. Então eu vejo que temos que respeitar isso, a pessoa acusada de algo tem direito de defender. Cada um vai responder pelo seu CPF”. (*)

Ainda acrescentou (**) “aquele que é acusado tem o direito de se defender. De poder falar o contrário, mostrar a controvérsia da situação. Eu digo para todos que cada um vai responder pelo seu CPF. Porque eu nunca autorizei e nem autorizo ninguém a fazer algo ilegal. Reafirmo: cada um responde pelo seu CPF. Ele vai ter condições de se defender. O que a gente não pode fazer, é condenar alguém sem o devido processo bem próximo de sua mesa”.

Nas duas declarações um fator fica transparente: a ideia de que o governador deve estar desinformado do que ocorre no entorno de seu gabinete. As acusações inseridas na nota divulgada pelo Gaeco dão conta de que um esquema, pelo menos suspeito, estava acontecendo. Afora que realmente tenha ocorrido o que Marcos Rocha disse, seu sistema de informações não funcionou, e aí é outro problema para sua administração.

(*) Site G1RO – (**) Site folhadosulonline






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