RO, Quarta-feira, 24 de abril de 2024, às 23:34



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Lenha na Fogueira – Zé Catraca

O superintendente da Sejucel Jobson Bandeira, declarou a um site de notícias, que o Arraial Flor do Maracujá caso os problemas causados pelo coronavírus continuem, poderá ser transferido para outra data.

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Não disse em caso de mudança, qual seria a data.

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Recentemente publicamos nesta coluna, que os folcloristas através da Federon e da Unajup iriam protocolar oficio na Sejucel, sugerindo a realização do Arraial no mês de outubro.

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Será que o dito ofício já foi protocolado na Sejucel?

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Mudando de assunto:

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Ontem os militares lembraram os 56 anos

da tomada do governo, ato que ficou conhecido como a Revolução ou Golpe Militar de 1964

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Por falar nisso, tenho uma historinha pra contar, que lembra um fato que aconteceu naquela fatídica noite de 31 de março de 1964.

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Naquele tempo, a área da Praça Marechal Rondon abrangia um pedaço de terra, que ia até onde hoje existem aquelas lanchonetes pro lado da rua Rogério Weber, que não existia.

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Pois bem, naquela nesga de terra, existiam várias casas bacanas, algumas poderiam ser consideradas mansões, como era o caso da residência da família Rocha (Dr. Rochilmer) e a residência do senhor Ruy Cantanhede.

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Entre essas construções existia um barracão construindo em Pinho de Riga como diz a professora Yedda Bozarcov, que pertencia a Estrada de Ferro Madeira Mamoré;

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Nesse barracão funcionava a Sede Social do Clube Ferroviário e ali aconteciam os eventos sociais do clube dos ferroviários.

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Há algum tempo, a diretoria social do Ferroviário reunia às terças feiras, a juventude para dançar ao som das músicas que faziam sucesso na época.

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O dia 31 de março de 1964, caiu justamente numa terça feira e nós a “Turma da Feira”, fomos paquerar na “FESTINHA” do Ferroviário.

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E lá estávamos dançando ao som da Jovem Guarda, Beetle, The Clevers e de vez em quando um Bolero pra dançar coladinho. A festinha tava pra lá de animada, quando de repente:

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O que era apenas penumbra, ficou iluminado. Foi isso mesmo, acenderam todas as luzes possíveis do ambiente.

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Quando nos acostumamos a iluminação, estávamos cercados por todos os lados, por soldados nos apontando seus fuzis com baionetas caladas.

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No palco, o comandante daquele pelotão de soldados, pegou o microfone e deu a seguinte ordem:

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Em nome das Forças Armadas do Brasil comunicamos que os senhores a partir deste momento, têm UMA HORA para se recolherem às suas residências.

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Disse isso e mandou desligar o som assim como todos os instrumentos do Conjunto que estava animando a festinha.

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Os soldados sob o comando daquele ‘oficial’, fizeram uma espécie de varredura dentro do Ferroviário, mandaram desligar a luz e lacraram a sede do clube.

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Como a turma da feira morava ali pertinho, não ficou tão apreensiva, como ficaram os colegas que moravam lá pro quilometro 1, Olaria e Areal.

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No outro dia de manhazinha, quando cheguei ao estúdio da Rádio Caiari por volta das Seis horas da manhã, encontrei a rádio que funcionava no prédio da Escolinha Domingos Sávio atrás da Catedral, com vários soldados em suas dependências.

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Nessas alturas, o Capitão Anacreonte já havia comandado a prisão de várias pessoas da sociedade portovelhense.

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Era o dia 1º de abril de 1964, o primeiro dia do Regime Militar em Porto Velho.

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E não era MENTIRA.

 

 

 

 

Por Silvio Santos






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