RO, Quinta-feira, 25 de abril de 2024, às 6:19



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Justiça manda por tornozeleira eletrônica em 2 gerentes JBS de Pimenta Bueno, que mandou para o mercado carne contaminada com amônia

PIMENTA BUENO – O frigorífico da gigante JBS em Pimenta Bueno tentou enganar a  os Auditores da Inspeção Federal e mandaram para Santana de Parnaíba, interior de São Paulo carne contaminada com amônia durante um acidente ocorrido no dia 15 de fevereiro. Essa carne, segundo investigação do Ministério Público, foi arrastada, amontada, lavada, acondicionada em outras câmaras frias e despachada, à revelia dos Auditores de Inspeção Federal, destinando-a ao consumo humano, em desacordo com as normas de segurança alimentar da cadeia de produção.

Por causa dessa tentativa de enganar a Justiça, dois gerentes da JBS no Frigorífico de Pimenta Bueno agora serão monitorados por tornozeleira eletrônica.

Uma ação do Ministério Público e da Polícia Civil, coordenada pela Promotoria de Justiça e Delegacia da Comarca de Pimenta Bueno, com apoio do GAECO, deflagraram, nesta quinta-feira, a Operação Hiena e cumpriram mandados de busca e apreensão e imposição de medidas cautelares nas dependências do Frigorífico JBS – Filial Pimenta Bueno. A Justiça determinou a proibição de acesso às dependências do frigorífico e, para controlar o cumprimento desta medida, determinou também que dois gerentes da JBS passem a ser monitorado por tonozeleira eletrônica.

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A operação é desdobramento das investigações que apuram crimes de perigo comum, saúde pública, integridade física e meio ambiente praticados a partir do vazamento de amônia nas dependências do Frigorífico JBS S/A, neste município. O vazamento ocorreu no dia 15 de fevereiro e intoxicou 25 trabalhadores da empresa.

As pessoas expostas a amônia passaram a apresentam quadro de dispneia, dificuldade para respirar, inconsciência, entre outros sintomas graves.

De acordo com o apurado pelo Polícia e pelo Ministério Público, a estrutura metálica de uma das câmaras frias do estabelecimento cedeu, por excesso de peso, resultando no rompimento dos dutos de amônia utilizada para refrigeração e queda de 150 meias carcaças bovinas, que foram expostas ao agente químico contaminante.

Ainda, a carne caiu ao solo, foi arrastada, amontada, lavada, acondicionada em outras câmaras frias e despachada para Santana de Parnaíba, à revelia dos Auditores de Inspeção Federal, destinando-a ao consumo humano, em desacordo com as normas de segurança alimentar da cadeia de produção.

Os indícios coletados até o momento apontam que documentos foram produzidos com a finalidade de alterar a verdade dos fatos, na tentativa de dar cobertura ao encaminhamento de carne para o consumo humano de forma ilegal, apontando para a prática de crimes de Falsidade Documental.

A carne foi apreendida em Santana de Parnaíba-SP, em outra ação cautelar ajuizada em defesa da saúde do consumidor, que tramita na 2ª Vara Cível de Pimenta Bueno.

Em torno de 30 policiais foram mobilizados para o cumprimento das ordens judiciais.

A denominação HIENA é referência ao animal de má-reputação e que se alimenta de carcaças de animais.

Departamento de Comunicação Integrada (DCI/MPRO)

OUTRO LADO

A JBS se manifestou sobre o assunto por volta das 14h30, com o seguinte posicionamento:
“A JBS reitera que seu compromisso com a segurança e a qualidade de seus produtos é inegociável. A companhia esclarece que o lote não foi comercializado, ou seja, não foi destinado ao consumo humano. A JBS está prestando todas as informações às autoridades”.





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