RO, Quarta-feira, 01 de maio de 2024, às 17:59



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Jovem é executado a tiros em acampamento da LCP e polícia é impedida de entrar para resgatar corpo em Chupinguaia

CHUPINGUAIA – A violência que campeia os acampamentos de invasores de terra, com pendências e desentendimentos sendo resolvidos na base da ‘justiça com as próprias mãos’ dá bem a noção do que uma parcela considerada da esquerda brasileira (e mundial também) chamam de democracia. É, em certa medida, uma reprodução da democracia que se diz viver na Venezuela, onde quem discordo do regime é preso, torturado e, em alguns casos, desaparece para sempre.

Esse é o caso do assassinato de um jovem de 28 anos executado com quatro tiros em um acampamento de sem-terra filiados a violenta Liga dos Camponeses Pobres (um filhote do conflite da Fazenda Santa Elina, em Corumbiara, no ano de 1995).

E a novidade – pelo menos para os padrões de Rondônia, é que a Polícia Militar confessa que não pode adentrar ao acampamento para investigar o caso e retirar o corpo do jovem. Quem levou o cadáver até a cidade foram familiares do morto.

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Segundo uma testemunha, dois dos homens que assassinaram a tiros o jovem Dhionata Willia Raimundo, de 28 anos, na noite de sábado 26, na área rural de Chupinguaia, são conhecidos pelos apelidos de “Turvira” e “Lobisomem”.

O jovem, que foi assassinado com quatro tiros no assentamento Manoel Ribeiro, recém formado por posseiros da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) na reserva da fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Chupinguaia, residia no município de Seringueiras, onde será sepultado.

Até o momento não há informações concretas sobre a motivação do crime, porém, um dos suspeitos, que segundo a testemunha, estava em uma picape Fiat Strada com mais dois indivíduos, já esteve no local anteriormente e teria discutido com Dhionata por ciúmes.

A reportagem do site Folha do Sul on Line ligou para a Polícia Militar de Chupinguaia, que explicou que o corpo do rapaz foi trazido à cidade pelos próprios familiares, já que a guarnição não teve como entrar no assentamento. Os autores do crime estão sendo procurados.

Fonte: Folha do Sul






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