RO, Quinta-feira, 25 de abril de 2024, às 16:53



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HOSPITAL UNIVERSITÁRIO – O que pensam o CRM e médicos experientes sobre a construção

PORTO VELHO – O que pensam médicos sobre a ideia da construção do Hospital Universitário da Unir? A pergunta foi feita a três profissionais de saúde com vasta experiência profissional, atuando em áreas diversas da Medicina. Um deles há muitos anos radicado em Ji-Paraná e dois tendo ocupado em épocas diferentes a Secretaria de Estado da Saúde. Todos consideram da maior relevância para a formação dos profissionais de saúde, o funcionamento do Hospital Universitário.

SAMUEL CASTIEL

“O Hospital Universitário é muito importante. O que acontece atualmente nos estágios é que por falta dessa unidade, os hospitais e Upas estão abarrotados de acadêmicos e estagiários, mas, sem que haja uma supervisão correta, pode surgir problemas que algumas vezes levem a erros, por falta de melhor supervisão.  O Hospital Universitário é importante, mas seu custo é alto, demandando esforços grandes para sua manutenção, o que exige uma ação de diversos segmentos para que ele cumpra sua finalidade”.

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Samuel Castiel lembra, sobre o Hospital Universitário: “é uma instituição importante, mas de alto custo, que deve ter incentivo de investimentos de vários segmentos inclusive da sociedade à qual vai servir, incluindo governos, ações políticas e outras, para que não se transforme em mais uma instituição decadente como tantos outros pelo Brasil afora”.

 

JOÃO DURVAL

Para formar bem qualquer aluno é preciso que se tenha um Hospital Universitário agregado, cuja característica seja de ensino, “tendo em seu quadro professores e toda uma estrutura que objetivem a boa formação dos graduandos”, disse o médico João Durval, acrescentando Estado tem, em diversos municípios, cursos da área de Saúde, especialmente de Medicina, “mas todos usando a rede pública que não te característica de Hospital Universitário e não estão preparadas para o volume de estagiários nem para a formação que deve ter num HU”.

João Durval acrescenta a experiência em sua própria família, com dois filhos formados em escolas particulares em Porto Velho e que reclamavam sempre da falta de condições e muito tumulto durante os estágios. “Esse assunto tem muita importância para a Unir mas não só para a universidade, porque sendo interesse da sociedade como um todo deve entrar na pauta política, buscar efetiva participação do governo estadual e as fontes federais”.

ORLANDO RAMIRES

Um problema para o funcionamento real – e não apenas estar instalado – e completo do Hospital Universitário, é a representado por dois fatores, o primeiro o custo operacional, “ainda que parte dos professores já sejam do quadro da universidade, e o outro “o necessário envolvimento de todos os segmentos dentro de uma política única voltada para a viabilização do hospital”, disse o médico Orlando Ramires”.

O fator tipicamente voltado para a melhor graduação dos alunos deverá sempre estar em primeiro lugar, “inclusive porque sempre deve haver quem pense que ali não se pratique Medicina efetiva, com a ideia de que os pacientes sejam cobaias, o que nem de longe se pode imaginar, haja vista que a estarão ali estudantes em graduação maior e com acompanhamento de professores com formação também na área de Educação em suas especialidades, e pelo que sei, o acompanhamento didático-pedagógico e de resultados, é uma das metas grandes, mas, é bom lembrar, que não se pode politizar o Hospital Universitário, porque vai colocar em risco tanto a manutenção quanto a qualidade”

O PENSA O CRM

A criação e funcionamento do Hospital Universitário na estrutura da única universidade federal em Rondônia é considerada da maior importância pelo Conselho Regional de Medicina, conforme seu presidente, o médico Robinson Cardoso Machado Yaluzan. “É importante para abrigar também alunos de outros cursos de formação na área de Saúde”.

No entendimento do CRM, o funcionamento de um hospital com essas características vai permitir melhor formação para graduandos e especializações em Saúde. Vai oferecer “um aprendizado diferenciado do que acontece atualmente, aumentando a qualidade do ensino porque será aplicado por professores e médicos voltados para essa área, aumentando o aprendizado e garantindo melhor atendimento então, e no futuro, para os pacientes”. O presidente do Conselho lembra que para sua manutenção é fundamental que todos os segmentos contribuam.

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