RO, Terça-feira, 23 de abril de 2024, às 8:38



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Homens aumentam participação nos afazeres domésticos, mas mulheres fazem a maioria dos trabalhos em casa

O suplemento Outras Formas de Trabalho, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), identifica que, em Rondônia, 92,1% das mulheres executaram pelo menos um afazer doméstico, enquanto a taxa masculina atingiu 80,6%. O suplemento, que averigua sobre atividades não remuneradas, foi divulgado nesta quinta-feira (04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A PNAD Contínua mostrou que a participação dos homens nos afazeres domésticos aumentou 13,9% entre 2016 e 2019, enquanto a taxa das mulheres subiu 4,1%. “A taxa das mulheres aumentou menos porque já era uma taxa alta”, explica o analista do IBGE Jorge Elarrat.

Neste mesmo período, os homens com nível médio e superior elevaram sua participação em 8,2% e as mulheres com este mesmo nível de instrução aumentaram em 4%. Foram os maiores crescimentos por nível de instrução em Rondônia.

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Em relação ao tipo de afazer doméstico, as mulheres são maioria em quase todos os tipos. O único em que os homens são maioria é “pequenos reparos ou manutenção do domicílio”, com 54,7%. Os serviços mais executados pelas mulheres são preparar ou servir alimentos, arrumar a mesa ou lavar louça e cuidar da limpeza ou manutenção de roupas e sapatos.

Outro aspecto pesquisado pela PNAD Contínua é sobre “cuidados de pessoas”, que incluem auxiliar nos cuidados pessoais, auxiliar em atividades educacionais e lúdicas e monitorar ou fazer companhia dentro do domicílio. Em Rondônia, dos 1,4 milhão de habitantes com mais de 14 anos, 451 mil realizaram atividades deste tipo em 2019, sendo 60% realizadas por mulheres.

A PNAD Contínua também avalia produção de bens para próprio consumo (caça, pesca, criação de animais, costura, crochê, construções, extração de sementes, entre outras atividades). Rondônia é o único estado da Região Norte em que as mulheres produzem mais que os homens neste segmento, com uma diferença percentual de 1,7. A maior diferença é registrada no Amazonas: 4,2% a mais para os homens.

A taxa de pessoas que realizam algum trabalho voluntário se manteve estável em 4,5% entre 2016 e 2019, porém a frequência registrou aumento de seis mil pessoas entre os que realizam trabalho voluntário quatro ou mais vezes por mês. O grupo que mais trabalha voluntariamente é formado por pessoas sem instrução e ensino fundamental incompleto (34,3%), seguido de ensino médio e superior incompleto (31,2%).

 

 

 

 

Por Amabile Casarin






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