RO, Sexta-feira, 19 de abril de 2024, às 8:08



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Greve nos transportes: caso vai para desembargador decidir, mas os ônibus voltam a circular

PORTO VELHO – O processo iniciado com a greve dos trabalhadores do transporte coletivo de Porto Velho, que acontece desde a metade da semana passada, teve nesta manhã uma nova direção porque de um lado, parte dos grevistas decidiram acatar a proposta do Consórcio SIM e, de outro, como não houve acordo final na primeira instância do Tribunal Regional do Trabalho (TRT 14), será designado um desembargador para atuar como relator da matéria.

Segundo a Semtran desde as cinco horas desta madrugada voltaram a circular os ônibus, em torno de 40 a 50 – dos 70 que compõem a frota, mas a Semtran informou que estavam circulando 65 veículos. O retorno teria acontecido depois de uma negociação direta do Consórcio SIM com os trabalhadores, propondo retenção de 50% da renda diária para pagamento exclusivo dos funcionários.

Para a saída dos veículos, a Polícia Militar deu cobertura, mas não houve qualquer problema, tanto quando os ônibus saíram da garagem quanto na circulação, não tendo sido registado caso de “piquete” de trabalhadores, pelo menos até às 10 horas da manhã.

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Logo cedo pela manhã as paradas de ônibus estavam tranquilas, muitas delas sem ninguém, e as pessoas que se concentravam nesses locais ainda tinham dúvida se os veículos estavam ou não circulando, várias pessoas especulavam, mas uma parcela considerável continuava optando pelo sistema  usado desde o início da greve: uso de moto-táxis (com todos reclamando, e muito, dos valores cobrados), táxis de aplicativo (com queixas de que motoristas desse modo não querem mais deixar os passageiros nos locais contratados pela corrida) ou, então, a pé.

O expressaorondonia.com.br ouviu os dois lados da questão, o presidente do Sindicato dos trabalhadores, Francinei Oliveira quanto o secretário municipal de Transportes, Nílton Kisner, com o primeiro alegando terem os grevistas sido pressionados pela juíza Soneane Raquel Dias Loura a retornar ao trabalho.

“A magistrada que estava conduzindo os entendimentos parece que estava querendo mostra à sociedade que ela é quem decidia, e aí impôs as  condições, uma delas de voltar ao trabalho sem salários”, reclamou Francinei lembrando que o retorno dos serviços na madrugada desta sexta-feira não estava representando o fim da questão. “A luta continua”, reafirmou.

“Os que não aderiram à imposição da Justiça vão pedir demissão e os que não tenham outra opção voltam ao trabalho. Creio que de 50% a 60 vão continuar a paralização. Mas nós vamos para a briga”.

Já o secretário da Semtran, depois de dizer que o sistema voltou a funcionar quase em sua integralidade, deixou claro em sua conversa com o site que parece não ter havido toda uma condução das propostas de parte do Sindicato com os grevistas. Lembrou que mesmo aquelas sugestões levadas pela representação sindical à mesa de negociações, depois e acatadas pelo Consórcio, então voltavam atrás.






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