RO, Quinta-feira, 25 de abril de 2024, às 20:51



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“Estou com saudade da escola, dos colegas, de tudo”, diz aluna, reclamando da demora em retomar a jornada escolar

PORTO VELHO – Mesmo para os estudantes já acostumados com aulas remotas, casos de diversos colégios particulares, as férias forçadas causadas pela paralisação que já vai fazer quatro meses, há algum tempo já deixaram de ser um atrativo para se transformar num motivo para reclamações. “Está muito chato”, reclama, uma aluna de 10 anos, na quinta série, acrescentando que “ficar no apartamento é muito ruim. Na escola é melhor”.

A queixa também é da sua irmã E., 8 anos, 3ª série. “Tá bom de acabar esse negócio. Estou com saudade da escola, dos colegas, de tudo”, ela diz, como a irmã de 16 anos, aluna do 2º ano do Ifro/Calama.

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“Está chato de tudo. Eu já tinha experiência de aula remota – ela era aluna de uma escola particular – mas fica difícil da gente se concentrar em casa. O apartamento mesmo com três quartos tem pouco espaço e se as meninas (as duas irmãs) ligarem a TV já interfere”. Ela diz ter falta não só da escola em si, onde há laboratório e biblioteca para estudar, e que quando tem alguma coisa que cobre mais atenção ela tem de ir para casa de um dos avós, mas mesmo assim não é como na escola onde tem os amigos e as conversas.

“A gente sene falta do barulho, das discussões, das conversas e até dos professores mais chatos e das matérias mais ruins que temos de enfrentar. Com tudo isso será melhor quando as aulas recomeçarem”, disse uma aluna do 2º ano Ensino Médio que garante sempre reclamar das aulas, mas que agora “eu já acho um saco é ficar como está”.

Um estudante, de uma escola pública, preparando para o Enem e concurso para uma Academia Militar, 17 anos, ficou os três primeiros meses no sítio dos avós. “Lá eu fiz muito exercício físico, melhorei meu condicionamento, estudei, mas já deu o que tinha de dar. Sem contato com meus amigos e nem parentes, chegou a um ponto que não dava mais. Um problema que eu senti, e conversando com os colegas eles sentiram também, é a falta de experiência dos professores, além da plataforma usada, para termos aula remota mais aproveitável”.

De qualquer forma desde as crianças até aos que estão na faixa do Enem, a expectativa é que logo as aulas voltem. “Em realidade eles perderam o ano escolar. Ruim mais para os de escolas públicas, que tiveram menos de três semanas de aula, e vão ter de competir com os do sistema privado. Se a diferença já era grande, com aulas normais, imagine agora”, disse o pai de um aluno finalista do Ensino Médio.






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