RO, Sexta-feira, 29 de março de 2024, às 4:30



RO, Sexta-feira, 29 de março de 2024, às 4:30


Entre a guerra pelo voto e a guerra pela vida, Fernando Máximo preferiu continuar secretário de Sáude

OPINIÃO DE PRIMEIRA – Ele é um dos principais nomes do governo Marcos Rocha. E o é desde a primeira hora, quando a administração, novata, começava seu trabalho, depois de uma vitória surpreendente na eleição estadual, quando deixou para trás alguns dos principais caciques da política rondoniense. Rocha ganhou o pleito e, desde a campanha, tinha um nome no bolso do paletó. O convidado pensou, repensou, ouviu amigos e familiares e, finalmente, aceitou o convite para ser o secretário estadual de saúde, uma das áreas mais complexas e difíceis em qualquer governo. Fernando Máximo, ainda jovem, era conhecido como um médico talentoso e um cirurgião entre os melhores que já aportaram por essas terras de Rondon. Não se sabia se teria condições de conduzir uma secretaria gigantesca, onde todos os dias há uma crise e onde, de manhã à noite, há que se matar um leão a cada hora. Nem 24 horas no cargo e já recebeu uma intimação judicial, com risco de ter que pagar uma multa de 50 mil reais, do seu bolso, caso a Sesau não resolvesse um problema urgente que, obviamente, ele recebera de herança. Resolveu. Dali em diante, aliás, resolveu quase tudo. Assim começa a história que vamos resumir. Fernando Máximo passou a ser o nome preferido de Marcos Rocha, do grupo palaciano e de outras lideranças ligadas ao governo do Estado, se tornando uma quase unanimidade, como quem o Palácio Rio Madeira/CPA escolheria para apoiar, na disputa à Prefeitura de Porto Velho.

O sucesso das ações na Sesau começou a dar o lastro que Máximo precisava, para se tornar um personagem popular, respeitado não só pelas inovações e soluções que trouxe ao setor, sempre com o aval do Governador. Ao mesmo tempo, sua atuação como gestor, o zelo com os recursos públicos; a melhoria da saúde como um todo; os mutirões de cirurgias e muitas outras ações práticas, colocaram o médico, como um postulante com chances reais de chegar ao Palácio Tancredo Neves. Máximo chegou a pensar no assunto sim. Mas, quando estourou a crise do coronavírus, em que passou a trabalhar uma média de 20 horas por dia, colocando Rondônia como o Estado com menor número de casos registrados em todo o país, o médico falou mais alto que o futuro político. Nesta sexta, quando teria que se desincompatibilizar para disputar a eleição, Fernando Máximo estará na linha de frente, lutando para manter a situação da guerra contra o corona, sob controle no seu Estado e, ao mesmo tempo, planejando o primeiro hospital de campanha que construirá, para enfrentar a pandemia, caso ela se alastre ainda mais. Fernando Máximo, o nome preferido de Marcos Rocha para Porto Velho, ficará onde está. Não será candidato à Prefeitura em 2020, porque considera que tem uma missão muito maior, nesse momento. A decisão está tomada.

MELHORES NÚMEROS DO PAÍS

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Mesmo em Estados com uma população muito menor do que a de Rondônia, o número de casos confirmados de coronavírus é maior que os dez já detectados por aqui, a maioria da Capital e apenas um óbito. Claro que não se pode comemorar nada, até porque a doença é terrível, assustadora e há previsões de que o ápice dela chegue mesmo entre as primeiras semanas de abril e meados de maio. Mas, as medidas tomadas até agora no Estado, têm se mostrado bastante positivas. As autoridades pedem que todos os cuidados sejam tomados, que todos os que puderem fiquem em casa, até que a crise passe. Ao menos até a noite dessa quinta, estávamos à frente dos demais Estados, com o menor número de casos confirmados. Isso pode mudar, caso dê positivo em um percentual inesperado dos casos que ainda dependem de resultados de exames. Mas, por enquanto, estamos assustados sim, mas ainda não apavorados, como está a população de vários outros Estados brasileiros.

NO PÂNICO, TODOS PERDEM A COMPOSTURA!

Claro que sempre tem os dois lados da moeda. Um deles, no caso da vacinação de idosos pelo sistema Drive Thru, criado pela Prefeitura, foi positivo. Vacinar idosos sem que eles necessitassem sair de seus carros, evitando aglomerações e riscos ainda maiores, nesses tempos de corona vírus. Do outro lado, uma estratégia que esqueceu exatamente o momento de pânico que estamos vivendo. Centenas de pessoas, senão milhares, se aglomeraram nesta quinta, à portas do Porto Velho Shopping, muitos de carro, outros a pé, querendo receber a vacina. Afora isso, o desespero, somados com a falta de educação e respeito pelo outro, fizeram com que dezenas de motoristas, ávidos por serem atendidos primeiro que os demais, furassem a imensa fila de carros que se dirigiam ao estacionamento. Claro que agora todos vão culpar a Prefeitura, por não prever essa multidão, desesperada por vacina contra a Influenza (H1 N1), muitos ainda, mesmo sendo informados dezenas de vezes, imaginando que ela os livrariam do coronavírus, o que é um absurdo. Não deu certo., embora a culpa seja coletiva.  Agora, todos os idosos vão ser vacinados nos postos de saúde perto de suas casas. Não dá mesmo para ter inovações como essas durante uma pandemia, em que até os civilizados perdem a compostura. Lamentável!

FILAS NA CAIXA NÃO TÊM CURA

O que fazer em tempos de pandemia? Quem pode, fica em casa. Mas quem não pode? Nas agências da Caixa Econômica Federal, há ainda um amontoado de pessoas e filas imensas. Na agência central, localizada na avenida a Carlos Gomes, filas e mais filas. Elas começavam na frente da agência, paravam na esquina com a rua José de Alencar e continuavam no outro lado da rua, até metade da quadra em direção ao antigo Palácio do Governo, hoje transformado em Museu. Uma dedicada funcionária percorre a fila, pedindo desesperadamente para que as pessoas mantenham uma distância de pelo menos dois metros uma das outras. Quando ela vira as costas, tudo volta ao que era, ou seja, um amontoado no outro. Para quem vai usar os caixas eletrônicos, a pequena multidão consegue caminhar rapidamente. Mas para outros, os que vão tratar de problemas que dependem de atendimento presencial, não tem solução. Um jovem servidor informa ao aposentado, por exemplo, que se há alguma pendência de documentação para retirada de FGTS, “só quando as atividades normais votarem”. Ou seja, ninguém sabe.

DAR NÃO, MAS TIRAR É A ESPECIALIDADE

Houve muitas críticas à lideranças de partidos de oposição, que assinaram um manifesto pedindo a renúncia do presidente Bolsonaro. Seria cômico, não fosse trágico. Embora ainda pedantes e estufando o peito como se não tivessem vilipendiado o país durante décadas, grupos de petistas, psolistas, cirogomistas e outras porcarias que ainda pululam nesse país, não querem saber de apoiar o Brasil nesse trágico momento. A única meta é tomar o poder. Na marra, porque nas urnas, se houvesse nova eleição hoje, levariam de novo uma surra, na medida em que grande parte do eleitorado não é idiota e não quer mais saber de ladrões e vigaristas deste porte, embora sempre se deva destacar que há, sim, gente muito boa e decente nos partidos de oposição. De qualquer forma, embora não saiba governar sem usurpar, boa parte da oposição está na dela, embora o correto, nesse momento, fosse se unir aos interesses maiores da população e do país. Mas cada um dá o que tem. Muitos opositores, aliás, não sabem o que é dar algo à sua Nação. Mas são especialistas em tirar dela tudo o que puderem. Deu pra entender, não é?

CÂMARAS AUMENTAM SALÁRIOS ILEGALMENTE?

O Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público Estadual, já estão de olho. As investigações, segundo importante autoridade, é de que já há Câmara de Vereadores, tratando de reajuste de vencimentos a partir de agora, em plena crise do coronavírus. Há outras, que já teriam antecipado vencimentos para os vereadores, que valerão também para a próxima legislatura. As Câmaras devem definir os salários dos novos vereadores que assumem em janeiro de 2021, até  junho deste ano. Obviamente que, ainda em março, haveria, segundo as denúncias que estão sendo investigadas essas ilegalidades ou ao menos imoralidades, num momento em que toda a população passa ´por um momento de extremo perigo. Nos próximos dias, se terá mais detalhes sobre os trabalhos de investigação, que está ainda na fase inicial de levantamento de informações. Uma das Câmaras sob os olhos atentos das autoridades de fiscalização é a da cidade de Cacoal. Mas tem mais por aí… Aliás, o TCE-RO e o Ministério Público vão investigar e acompanhar gastos de todas as Câmaras Municipais do Estado.

SECRETÁRIOS SAEM PARA CONCORRER

O prefeito Hildon Chaves perdeu, nessa quinta, dois importantes assessores, gente do primeiro time e que, certamente, farão falta nessa reta final de governo. Nada de problemas que não sejam relacionados com as eleições de outubro. Um deles, tem se tornado um dos principais assessores diretos do prefeito é Wellen Prestes, dos Serviços Urbanos, com um trabalho muito elogiado em praticamente todos os bairros da cidade. Claudir da Rocha, titular da Secretaria de Ação Social e da Família é professor e, como Wellen, disputará uma cadeira à Câmara Municipal. No lugar de Wellen Prestes, assumirá seu adjunto, Rainey Viana da Motta.  Na ação social, Hildon Chaves nomeou Adriane do Nascimento Soares. A sexta-feira é prazo final para que os candidatos de outubro que ocupam cargos públicos se desincompatibilizem. Não se sabe se haverá outras mudanças no time principal da Prefeitura.  Os dois que deixaram seus cargos serão, certamente, importantes parceiros do Prefeito, na sua busca pela reeleição.

GASOLINA: POSTOS EXPLORAM CONSUMIDOR

Mais de 30 por cento a menos. Esse foi o percentual da queda no preço da gasolina nas refinarias, desde o início do ano. Estranhamente, essa redução jamais chegou aos bolsos dos consumidores rondonienses. Com raras exceções, a grande maioria dos postos continua praticando preços abusivos, como se tivesse havido um aumento e não uma diminuição no preço dos combustíveis. Por isso, uma ação da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor e Procon foi essa semana a inúmeros postos da Capital, notificar os proprietários e exigir explicações para o caso. Houve sim postos que baixaram um pouco (os preços, em alguns deles, ficaram até 4,40 e no Makro da BR-364, prestes a fechar suas portas, a gasolina era vendida ontem a 3,99). Mas na grande maioria dos casos, os donos de postos fizeram de conta que as reduções nas refinarias nada tinham a ver com eles. Vêm multas pesadíssimas por aí…E tomara que venham mesmo!

PERGUNTINHA

Com tanta gente nas ruas, na maioria das cidades brasileiras, será que o isolamento social começa a decair?






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