RO, Sexta-feira, 26 de abril de 2024, às 14:47



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ELOGIOS AO MESTRE – Amigos e ex-alunos lembram imagem positiva deixada por Francisco Matias em situações diversas

PORTO VELHO – Ex-funcionário da Assembleia Legislativa, empresário da área de pesquisa política, jornalista, historiador, o professor Francisco Matias, falecido na madrugada desta quinta-feira vítima de covid, foi muito lembrado ontem por pessoas de diferentes atividades profissionais, ex-alunos ou simplesmente amigos que com ele conviveram em situações diversas, e todas destacaram sempre a perda que Rondônia teve com sua perda.

Matias era visto por todos que conviveram com ele como uma figura simpática, sempre disposto ao diálogo, um pesquisador constante, capaz de acumular amizades, como disse o jornalista Carlos Araújo, diretor do site expressaorondonia.com.br, onde o historiador todos os dias aparecia, via de regra para almoçar, trocar uma ideia e, “entrar no whatsapp de um grupo de professores da Unir onde eles ficavam debatendo os assuntos políticos do dia. Do Matias eu só tenho boas lembranças”.

O professor Daniel Gomes, diretor do curso Excelência, é outro que só tem elogios, e lamentos: “Matias era uma pessoa capaz de, onde chegava, fazer o ambiente para aulas nos núcleos que temos no interior. Era professor com grande didática e que encantava os alunos”

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Francisco das Chagas – Chagoso, presidente da Academia de Letras de Rondônia disse estar muito emocionado. “Não tem o que falar. É tudo muito triste. Nossos amigos estão indo. Nós da Acler sentiremos muito a falta do nosso acadêmico João Batista Guilherme Correia, falecido na quarta-feira e do nosso amigo, membro da ARL, Francisco Matias, um nome importante da nossa historiografia”.

Amigo pessoal e incentivador das pesquisas que Matias fazia, o ex-vice-governador Daniel Pereira disse que a notícia da morte foi “muito lamentável. Rondônia perde uma pessoa apaixonada pelos melhores valores, um professor de História que valorizava muito a vida da região, importante autor e uma pessoa sempre disponível para esclarecer fatos ligados à sua área de atuação, a política e a História. Que Deus o receba e conforte a família e amigos”.

Naiara Marielle é amiga de duas das filhas do historiador, e foi aluna dele. “Na sala o professor Matias era sempre esperado com muita atenção, apesar de muita gente não dar valor à disciplina de História, mas ele conseguia atrair a todos nós, de uma maneira difícil de ser igualada por outros professores”.

O diretor-geral da Escola do Legislativo, Fábio Ribeiro, conheceu Matias quando era bem jovem, viajando com o pai, o piloto Dezival Ribeiro, quando era presidente, regional do PDS. “O Matias era secretário e viajava junto organizando os diretórios. Ele sempre conversava comigo sobre história e política e eu acabei gostando dos dois lados. Depois que assumi a diretoria da Escola, o professor Matias contribuiu muito conosco”.

O ex-deputado estadual Luiz Gonzaga, em cujo gabinete na Assembleia Legislativa Francisco Matias trabalhou destacou “a Inteligência e a capacidade de sua paciência em auxiliar aos outros, a buscar soluções para os problemas que enfrentamos. Espero que dona Nazaré (a viúva) e seus filhos e netos sejam confortados por Deus e que meu amigo esteja entre os escolhidos do Senhor”.

“Estou chocado. Os mistérios do corpo humano pregaram uma peça no Matias e em nós – disse o jornalista Montezuma Cruz, ao lembrar que quando estava saindo do covid o historiador foi abatido por uma infecção. Ele se destacou, em minha opinião, também, com a simplicidade que o caracterizava, esse historiador cearense que costumava compartilhar seus estudos e dispensava às pessoas especial atenção. O Matias era um verdadeiro ‘escarafunchador’ da história antiga. Nas dúvidas, provocava e trazia à luz a comprovação daquilo que ele escrevia”.

Montezuma continuou: “ele foi muito grato a mim quando lhe apresentei pesquisas que fiz nos escaninhos da Câmara dos Deputados, no Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso e nas páginas de jornais do Rio de Janeiro, buscando identificar melhor e tirar um pouco da aura de mistério de alguns pouco conhecidos ex-governadores territoriais do Guaporé e de Rondônia. Lamento que o emérito historiador se vá sem nos proporcionar a alegria de prestigiarmos o lançamento de seu próximo livro”, no caso, “O Tratado de Petrópolis”.

O vereador Alekis Palitot, confrade de Matias na Academia Rondoniense de Letras foi outro que se disse “muito abatido”, e lembrou que “quando era jovem o encontrei a primeira vez numa reunião na Casa de cultura “Ivan Marrocos”, e desde lá passei a beber na fonte de seu conhecimento e em 2019 fui o autor da Lei que concedeu a ele o título de cidadão Honorário de Porto Velho.






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