RO, Quinta-feira, 25 de abril de 2024, às 4:07



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Fogo amigo ou história mal contada? Que haja apuração séria dos fatos que levaram a Educação a um patamar vergonhoso perante o país

PORTO VELHO – Professor muito respeitado pelo trabalho quando diretor da Escola “João Bento”, onde capitaneou uma “revolução” que alçou aquele colégio, apesar de público, a condições inimagináveis em termo de preparação de alunos de ensino médio para o vestibular, o secretário estadual de Educação, Suamy Vivecananda, talvez já esteja conseguindo resultados positivos em seu primeiro ano à frente da Seduc – ou os resultados ainda estejam caminhando, mas ele precisa entender haver grande diferença entre administrar um organismo micro, como uma escola apesar da imensidão daquele prédio e cuja abrangência não se resume apenas ao que demarcam seus muros, com um organismo macro como uma secretaria de Estado. Não uma qualquer e entendemos todas serem importante, mas uma que gerencia mais de 400 escolas e em torno de meio milhão de estudantes, além de uma quantidade – a maior do Estado – de servidores.

Dirigir uma secretaria desse nível gera muitas vezes situações difíceis de contornar, como por exemplo funcionários ligados a sindicatos, interesses de pessoas que em razão da nova direção perdem cargos, e até quando pessoas estranhas ao sistema ingerem nela ou, então, quem tenha força suficiente para dar a “sugestão” e quem a recebe manda para a frente, sem considerar os resultados ou como a “sugestão” será aplicada. Nesses pontos pode estar a chave do que aconteceu com essas questões dos livros proibidos.

Há quem esteja dizendo, e sem que se trate de mentira, que os livros citados como “censurados” e a seguir “descensurados”, não fariam falta, haja vista a baixa indicação de autores ali inseridos para que os estudantes, em razão de que há alguns anos, vem se avolumando muito, pais, professores e outros preferem que os filhos estejam no whatsApp ou nas “redes sociais” do que com um livro às mãos (aqui não se trata só dos do sistema da Seduc, por que temos baixos índices de leitura inclusive nos cursos superiores).

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O site rondoniadinâmica.com.br, em sua edição deste sábado inseriu matéria a respeito do assunto, o que pode ajudar a esclarecer o que se pode chamar, sem medo de errar, de “a origem do mal”, e chegar aos responsáveis pelo exemplo do nosso lamentável Bücherverbrennung (palavra alemã da queima de livros promovida pelo regime hitlerista). O expressaorondonia.com.br, seus dirigentes e funcionários, não concordam com esquerdização eu ainda tem fortes marcas na administração pública brasileira nem, tampouco, com o fundamentalismo que alguns grupos querem implantar sob a capa do “combate ao aparelhamento ideológico” vivido pelo país a partir da década de 1990, por entendermos que ambos os lados são prejudiciais para a o povo e para a Nação.

Arte-montagem do rondoniadinamica.com

Desejamos, como todos os cidadãos rondonienses, que haja uma apuração séria dos fatos que levaram a nossa Seduc a um patamar vergonhoso perante o país, e até ao mundo, mas que essa apuração não se limite apenas a um inquérito que, como tantos outros, deixaram mais dúvidas que certezas ou que deixe de fora organismos ou pessoas que, por motivos diversos, sempre conseguem um manto para se acobertar.

Ao secretário Suamy Vivecananda este site lamenta que sua biografia como educador e empreendedor possa ser manchada por um ato desse nível, ainda que não tenha qualquer culpa direta no assunto e fica a sugestão de que – e não só ele na gerência do serviço público – faça um media training para melhorar seu relacionamento com a sociedade.

O que a sociedade espera é que, ao final, a culpa não seja do mordomo.






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