RO, Sexta-feira, 26 de abril de 2024, às 0:20



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Dois meses de depois de julgamento e execução de jovem no ‘Morar Melhor’, Polícia Civil faz mega operação contra ‘Tribunal do Crime Organizado’

PORTO VELHO – A Delegacia Especializada em Crimes Contra à Vida (homicídios) da Polícia Civil de Rondônia deflagrou nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, 4, a Operação “Louva-a-Deus” contra uma das maiores facções de Rondônia, o Primeiro Comando Panda – PCP. Os policiais cumpriram 19 mandados de prisões preventivas, 27 de buscas e apreensões e uma internação provisória de adolescente em Porto Velho.

O residencial Morar Melhor foi palco de julgamento, execução e decapitação de um suposto rival da facção PCP

Segundo a delegada que comandou a Operação, Leisaloma Carvalho Resem, lotada na Delegacia de Homicídios, a Operação é resultado dos desdobramentos das investigações da tortura, homicídio e decapitação da vítima Rubem Ariel Silva Souza, ocorrido no dia 23 dem junho deste ano, no Conjunto Habitacional Morar Melhor.

O homicídio da vítima Rubem causou comoção e revolta perante a sociedade, vez que a morte da vítima foi filmada pelos próprios infratores, os quais tramaram meticulosamente a execução do ofendido, tendo uma das co-autoras do crime atraído a vítima a comparecer no apartamento de um dos integrantes do PCP, no residencial Morar Melhor, sob o pretexto de manterem um encontro amoroso/sexual, tendo a vítima sido “interrogada”, torturada e executada, com requintes de crueldade, mediante o uso de pedra, faca, facão e “machadinha”, a ponto de ser decapitada, com intensidade tal poucas vezes visto nesta cidade, com submissão da vítima a sofrimento físico bárbaro e atroz, pois acreditavam que a vítima integrava a facção rival, Comando Vermelho – CV.

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As investigações apontam ainda que, em tese, tratou-se de atos explícitos de “TRIBUNAL DO CRIME”, onde a vítima foi interrogada, julgada e executada com requintes de crueldade, ações, inclusive, que foram filmadas pelos próprios infratores e amplamente divulgadas nas redes sociais, o que por si só, demonstram a personalidade perigosa dos investigados, bem como que em Liberdade poderiam praticar situações idênticas.

Segundo a Delegada Leisaloma Carvalho Resem, os investigados serão indiciados pelos crimes  de  Tortura (Artigo 1º, inciso I, “a”, da Lei 9455/97), Homicídio Triplamente Qualificado (Artigo 121, 2º, incisos I (torpe), III (meio cruel) e IV (dissimulação e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), do Código Penal), Destruição de Cadáver (Artigo 211, do CPB) e Crime Organizado (Lei 12.850/2013) crimes cujas penas, se somadas, podem chegar a mais de 60 anos de reclusão.

Participaram da Operação mais de 100 policiais civis do Departamento de Polícia Especializada, Departamento de Estratégia e Inteligência-DEI, Departamento de Narcóticos – Denarc, Departamento de Polícia Metropolitana – Depom e Direção Geral de Polícia Civil – DGPC.

O nome da Operação remete a algumas espécies de louva-a-deus , em que a fêmea devora e mata o macho durante o acasalamento, decapitando-o.

ASSCOM-PCRO






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