RO, Sexta-feira, 26 de abril de 2024, às 1:04



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Coronavirus: em plena quinta-feira, ruas da capital têm aspecto de dia feriado

PORTO VELHO – A suspensão das aulas em todas escolas e faculdades, a determinação para que órgãos públicos fiquem fechados ou reduzam o atendimento ao mínimo, medidas tomadas pelos governos estadual e municipal, visando reduzir a capacidade de transmissão do coronavírus,  pelo visto, parece estar servindo muito, mas para quem tem parentes fora do Estado ou no interior viajar para aproveitar essas férias antecipadas. Isso é o que se depreende ao observar o movimento da rodoviária de Porto Velho, com chegada e saída de ônibus sempre lotados e o saguão de espera cheio de gente.

“A determinação é trabalhar pelo sistema “home-ofice” (escritório em casa) vou usar o tempo para visitar os “velhos” em Jaru”, disse nesta manhã um funcionário municipal que alegou, por motivos diversos, não ver os pais há três anos, “mas agora vou ficar 10 dias por lá no sítio perto do município de Governador Jorge Teixeira”. Enquanto esperava o ônibus sair, ele consultava um assunto no notebook. “Estou trabalhando agora. Depois que inventaram esse sistema trabalhar em casa é melhor”

Uma professora de escola estadual estava levando a mãe para visitar parentes em Guajará-Mirim e, de quebra, também dois filhos “que nunca foram lá e ainda vamos ver uns primos que moram na Bolívia”, disse ela, apesar das informações de que a travessia para “La Banda” estaria fechada, “mas tenho como dar um jeito”, explicou.

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PARADAS VAZIAS

Já nos pontos de ônibus, ao lado da tradicional queixa de que a frota de veículos urbanos está menor do que nos outros dias, havia outra, bem comum.“Estou há mais de uma hora esperando um para o Tancredo Neves e sempre demora, mas agora está muito pior”, disse Maria Angélica, comerciante, que tentava voltar para casa depois de fazer umas compras. Ao lado dela, o aposentado Marcos de Oliveira, 75 anos, reclamava. “Com o decreto da prefeitura os ônibus também sumiram e nós ficamos penando”.

Quem vive da venda de produtos diversos nas proximidades dos pontos de ônibus também está preocupado. “Além dessa gripe danada ainda tem o sumiço dos clientes”, reclamava um vendedor com a banca ao lado da parada de ônibus na Sete de Setembro com a Presidente Dutra.  “Meus produtos são muito procurados pelos estudantes e agora, sem as aulas da Unir, a procura caiu muito.






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