RO, Quarta-feira, 24 de abril de 2024, às 21:06



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Com restrições impostas pela arquidiocese, católicos têm posições contra e a favor

PORTO VELHO – Intitulado “Coronavírus: orientações de dom Roque Paloschi às comunidades de fé”, a Arquidiocese de Porto Velho distribuiu a todas paróquias sob sua responsabilidade um documento sobre providências que devem ser tomadas, para evitar que celebrações como acontecem naturalmente, se transformar em elementos propagadores da doença.

Mas o documento assinado pelo arcebispo, apesar de recebido com elogios por muitos católicos, também recebeu críticas de alguns segmentos, especialmente a comunidade mais tradicional que, de qualquer forma, estão se dispondo a cumprir.

O documento estabelece várias situações face às restrições determinadas pelo decreto do Governo estadual, e decide “nas paróquias e áreas missionárias, suspender a realização de missas e outras celebrações, por um período de 15 dias; os fiéis poderão permanecer em comunhão e unidos à comunidade de fé a partir das celebrações transmitidas pela Rádio Caiari e outras redes de comunicação católicas”.

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Composto por 12 itens, o documento também foi lembrado de forma positiva pela preocupação com a preservação da vida, sendo destacado os cuidados com idosos, doentes e com os ministros da Eucaristia que já se encontram no “grupo de risco”. Nele consta ainda que todas atividades estão suspensas por pelo menos 15 dias, a partir do dia 18, o que, se tudo correr bem, acaba dia 4 ou 5, mas o arcebispo lembra que essas restrições podem ser prorrogadas.

OPINIÕES

Nonato Cruz, jornalista, membro ativo das ações da Arquidiocese, disse que a medida é importante e deve ser cumprida porque preserva a vida, destacando a questão dos idosos, “uma responsabilidade que é de todos”, explicou. Participante da paróquia de São Francisco de Assis, em Ariquemes, a professora Ângela Costa também aprovou, citando, como Nonato, o cuidado do arcebispo para com o pessoal “da melhor idade”.

José Souza, da paróquia Sagrada Família, também aprovou, mas citou a questão dos idosos, sob outro ângulo. Ele disse que historicamente para muitas pessoas, especialmente neste grupo, o fato de ir a uma celebração religiosa representa encontrar amigos, colocar a conversa em dia, saber da novidade e, por vários motivos, torna a ida a uma missa ou reunião, até num momento de sair um pouco de casa, “mas, paciência, é melhor ficar assim do que ir e pegar a doença”.

Fátima Buarque, da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, prefere continuar como antes, e diz que está torcendo para essa fase acabar logo. “Tem amigos que só vejo na igreja, pessoas idosas como eu e alguns até com dificuldade de locomoção”, mas lembra: “a nota do nosso bispo deve ser seguida”.






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