RO, Sexta-feira, 26 de abril de 2024, às 3:53



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Com a rodoviária mais feia do Brasil, Porto Velho volta a sonhar em ter um novo terminal

PORTO VELHO – Alvo de promessas a cada política a cada eleição, a construção de um novo terminal rodoviário em Poeto Velho, que conta com a mais feia e bagunçada rodoviária do Brasil, volta à memoria do morador da capital, já que o prefeito reeleito Hildon Chaves também já manifestou desejo de construir uma nova rodoviária na capital. E, em se falando de uma nova rodoviária em Porto Velho as duas matérias só têm de diferença dois anos de distância, porque a “história” é tão antiga quanto promessa de candidatos.

E mais parece que, como diz aquele velho ditado, “tem uma caveira de burro enterrada lá”, o que seria o motivo para tanto prometerem e tanto não fazerem. São mais de 15 anos de anúncios da construção de uma nova rodoviária, de que a obra seria na mesma área onde está agora só que expandindo para um terreno anexo ao prédio atual.

Também foi dito que seria em outro local. O ex-governador Confúcio Moura, por exemplo, chegou a anunciar a compra de um terreno na Avenida Guaporé, por 4,6 milhões de reais, mas, como todos os outros, acabou não transformando o discurso em prática, sem maiores explicações.

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Ao fundo, a velha estação rodoviária e em primeiro plano o terreno onde seria construída a nova, que tinha até placa com data de construção e tudo, mas hoje é apenas um imenso charco no centro da capital

Como todos os outros, Hildon Chaves não passou da promessa, feita ainda no mandato atual que está encerrando e já reeleito, e sem dizer se vai ou não construir a nova estação. O prefeito Roberto Sobrinho, (2005/2012), até mandou fazer uma consulta popular sobre onde se imaginava pudesse ser a construção, e, pelo que foi falado à época, houve sugestões de que a obra ficasse num flutuante no Rio Madeira, logicamente uma ideia maluca.

Na Carlos Gomes, ao lado do terreno onde seria a nova rodoviária, uma das promessas do prefeito (reeleito) Hildon Chaves, um lixão que obriga pedestres a andarem no meio da rua

A mesma coisa com seu sucessor Mauro Nazif, que no início do ano em que disputaria, e perderia, a reeleição, anunciou: “a nova Estação Rodoviária de Porto Velho será moderna, sustentável, e terá, além de conforto, uma área reservada para um mini-shopping”. Era pura tentativa de mexer com o eleitorado, e não passou disso.

No primeiro mandato, o prefeito Hildon Chaves manifestou interesse em tocar a obra e chegou até a pesquisar projetos de rodoviária de outras cidades, com Rio Branco

O local onde a rodoviária portovelhense funciona desde o início dos anos 1980 localiza-se em zona altamente residencial com pequenas empresas em volta, normalmente hotéis e restaurantes comuns a outras rodoviárias de pequeno porte. Mas esses estabelecimentos, como a rodoviária, são maltratados e, como sempre, sem qualquer fiscalização sanitária, como se as autoridades do setor nada tivessem com isso.

Em 23 de novembro de 2016, o governador Confúcio Moura, hoje senador, se deixou fotografar numa reunião em que foram apresentados o projeto da nova rodoviária e a respectiva maquete do que, conforme a notícia, seria a próxima rodoviária da capital, o seu “cartão postal” para quem chegue pelas rodovias BR-319 e BR-364. O desenho da maquete era de tirar o fôlego, e já levando a rodoviária para a zona leste, o que atenderia pedidos de segmentos diversos, que vinham criticando a localização da atual estação intermunicipal e interestadual.

Ex-governador Confúcio Moura (c) deve explicar por que não construiu e governo atual precisa informar se tem algum projeto para a obra

O anúncio de Confúcio sobre a construção da nova rodoviária mereceu manchetes em sites, e um dos textos dizia: “foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), o Decreto N° 21.400 que desapropria uma área de terra na Avenida Guaporé, setor 17, em Porto Velho onde será implantada a nova Rodoviária da capital. O documento foi assinado pelo chefe do executivo estadual, Confúcio Moura (MDB).

A área custou aos cofres públicos o montante de R$ 4.260.458,13 milhões de reais segundo informou o decreto publicado naquela segunda-feira (21). O pagamento ao dono da área desapropriada que atinge total de 69.095,98²m, com perímetro de 1.163,33m, será de responsabilidade da Secretaria de Finanças do Estado de Rondônia (Sefin-RO)”.

N.R. – Matéria terá sequência amanhã






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