RO, Sexta-feira, 29 de março de 2024, às 8:13



RO, Sexta-feira, 29 de março de 2024, às 8:13


Cinco dias depois, PM monta megaoperação e sai em busca dos assassinos dos policiais, na área de conflito em Mutum

Sérgio Pires

OPINIÃO DE PRIMEIRA – Embora tardia, a reação começou. Pode até ser que tenha resultado, caso os assassinos de policiais tenham decidido esperar, desde sábado até a quinta-feira (ou seja, cinco dias), pela polícia, para serem pegos. Mais de 150 policiais, com armamento e bem organizados, sem dúvida alguma, foram deslocados para a região de Mutum Paraná, para tentar prender os responsáveis pelas cruéis e covardes mortes de um oficial da Reserva da PM e um sargento, que foi ao local para resgatar o corpo do colega assassinado. O que surpreende é o longo tempo, desde o trágico evento, para que houvesse uma operação pesada, em busca dos facínoras que fuzilaram dois homens de bem, que honraram suas fardas e que prestaram grandes serviços, protegendo a sociedade. A megaoperação policial age numa área onde acampamentos de sem terra, ligados à LCP, a famigerada Liga dos Camponeses Pobres, continuam existindo, dentro de uma fazenda invadida, como se invadir terras alheias, por si só, já não fosse crime. O que se espera é que, passado todo esse tempo desde a brutalidade, a polícia possa, enfim, colocar as mãos nos bandidos, trazendo-os às barras da Justiça, que é a última esperança que ainda temos de que os celerados paguem por suas ações violentas, eivadas de covardia. Espera-se também que as mortes de dois dos PMs não tenham sido em vão. Que elas sirvam, enfim, para que haja mudança nas leis; que se faça cumprir a Constituição e que invasão de terra seja, como deveria ser, um crime passível de pesadas penas de prisão. Os movimentos sociais armados, como é o caso da LCP, precisam ser tratados como realmente são. Não é mais possível se assistir, de braços cruzados, o que está sendo feito contra dezenas de produtores de Rondônia e de todo o Brasil.

É algo incrível, inacreditável que se tenha que esperar tanto tempo para se ter apoio legal para caçar bandidos, assassinos frios, criminosos contumazes. Cinco dias depois, enquanto as famílias, amigos e companheiros das vítimas ainda choram suas mortes, começa uma reação que pode ser tardia. A menos que os bandidos se sintam tão fortalecidos e impunes para enfrentar tantos policiais, obviamente que eles já fugiram, estão sendo escondidos e protegidos e a tendência, infelizmente, é de que jamais sejam pegos.  Todo o fatídico episódio precisa deixar uma lição a todos. Há que se resolver essa questão da regularização fundiária; há que se separar quem é produtor rural de quem é invasor de terras; há que se separar famílias pobres, esperando desesperadamente por um pedaço de terra para plantar dos que transformaram a questão agrária em uma guerrilha ideológica, fortemente armada e enfrentando as autoridades em emboscadas e ataques furiosos, como os praticados no último final de semana. A torcida toda é para que a PM consiga pegar os bandidos. Mas, num raciocínio lógico, pode-se ter certeza: nenhum criminoso vai esperar 120 horas para ser preso.

SICTV INOVA E LANÇA MINI DEBATES ENTRE CANDIDATOS

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 As emissoras de TV e rádios já começam a divulgar suas programações especiais sobre as eleições municipais deste ano. Em Porto Velho, a principal inovação será a realização de mini debates, iniciativa da SICTV/Record, que reunirá a cada dia três candidatos debatendo entre si, todos selecionados por sorteio. A mediadora será a jornalista e apresentadora Meire Santos. A Rádio Parecis FM também entrevistará todos os candidatos de Porto Velho, no programa Papo de Redação, que vai ao ar de segunda a sexta, ao meio dia. Na Parecis FM, os candidatos serão sabatinados nas seguintes datas: Breno Mendes (dia 12); Hildon Chaves, dia 13; Pimenta de Rondônia, dia 14; Geneci Gonçalves, dia 15; Ted Wilson, 16; Cristiane Lopes, 19; Ramon Cajuí, 20; Edvaldo Sares, 21; Williames Pimentel, 22; Samuel Costa, 23; Lindomar Garçon, 26; Leonel Bertolin, 27; Ronaldo Flores, dia 28; Eyder Brasil, dia 29 e Vinicius Miguel, dia 2 de novembro. Os mini debates na SICTV, entre os dias 2 e 6 de novembro, no horário das 17:50 às 18h45, terão a seguinte agenda: dia 2, Eyder Brasil X Pimenta de Rondônia X Edvaldo Soares. Dia 3, Lindomar Garçon X Breno Mendes X Geneci Gonçalves. Dia 4: Vinicius Miguel X Hildon Chaves X Ramon Cajuí; dia 5, Ronaldo Flores X Cristiane Lopes X Samuel Costa. No último dia, o confronto será entre Ted Wilson X Leonel Bertolin X Williames Pimentel. A emissora fará o grande debate apenas no segundo turno, entre os dois finalistas.

REDE TV! FAZ SABATINA COM TODOS, A PARTIR DO DIA 12

Já na RedeTV!, outra emissora que já divulgou sua programação para o período eleitoral, também não fará debate entre todos os candidatos no primeiro turno. A série de sabatinas começa dia 12, com Eyder Brasil. As demais entrevistas serão: dia 13, Pimenta de Rondônia; dia 14, Vinicius Miguel; dia 15, Geneci Gonçalves; dia 16, Ted Wilson; dia 19, Ramon Cajuí; dia 20, Cristiane Lopes; dia 21, Hildon Chaves; dia 22, Williames Pimentel; 23, Samuel Costa; 26, Lindomar Garçon; dia 27, Coronel Ronaldo; dia 28, Leonel Bertolin; dia 29, Edvaldo Soares e dia 30, Breno Mendes. As sabatinas serão ao vivo, das 11h15 da manhã com 20 minutos de duração para cada candidato, dentro do programa Fala Rondônia apresentado por Marcelo Bennesby. A Sabatina será apresentada por Janaína Brito e Adão Gomes. Todas as datas também foram selecionadas por sorteio, realizado pela emissora, na presença dos assessores dos candidatos, o mesmo, aliás, do que ocorreu na SICTV.

FLÁVIO BOLSONARO: VISITA VAPT VUPT

Foi uma visita vapt-vupt, sem agenda oficial, quase anônima. O senador Flávio Bolsonaro, que está de férias, passou algumas horas da quarta-feira aqui no Estado. Não foi uma visita oficial. Ele esteve na Unir e depois teria ido conhecer de perto a área de conflito agrário, aquela dos PMs assassinados, embora isso não tenha sido confirmado. Flávio Bolsonaro, filho do Presidente da República em Rondônia, veio, falou com poucas pessoas, foi embora, quase que anonimamente. Ele visitou a Unir, interessado numa pesquisa da nossa universidade, em relação a aplicação de alguns princípios ativos de medicamentos, que poderiam ser utilizados contra o coronavírus. Estranhamente, Flávio não contatou com o principal aliado do seu pai, o governador Marcos Rocha. Nos bastidores, soube-se também que ele se interessou em saber detalhes dos conflitos agrários do Estado e do caso das mortes de dois PMs, no último final de semana. Não fez qualquer declaração à imprensa, durante as poucas horas em que esteve por aqui.

CPI PLACEBO NA CÂMARA DE CACOAL

Vereadores de Cacoal decidiram abrir uma CPI para cassar a prefeita Glaucione Rodrigues, ainda presa por corrupção, pela Operação Reciclagem, deflagrada há duas semanas. É tipo de ação completamente inútil. O mandato de Glaucione termina em 31 de dezembro e ela está afastada, por decisão judicial, por 120 dias, de todas as atividades públicas. Ora, uma CPI tem pelo menos 90 dias para concluir o processo. Se começar na próxima segunda, dia 12, por exemplo, a CPI seria concluída apenas em 12 de janeiro, quando a prefeita já será ex e a Câmara de Vereadores poderá ter composição completamente diferente da atual. Ou seja, é politicagem, pela campanha política que está aí e uma espécie de placebo, que para nada servirá. Uma pena que os vereadores não agiram antes, detectando o grave esquema de corrupção que havia na Prefeitura, que eles deveriam fiscalizar.

CPI DA ENERGISA: DIRETORES SERÃO OUVIDOS DIA 28

A chapa vai esquentar. A volta da CPI da Energisa, na Assembleia, continuou levantando muitos problemas que a população tem enfrentado com a nova empresa responsável pela distribuição – e cobrança – da energia elétrica no Estado. O presidente Alex Redano, o relator Jair Montes e os demais membros da CPI, querem encerrá-la em meados de novembro. A reta final dos trabalhos da Comissão prevê a presença de diretores da Energisa, para deporem, no próximo dia 28 deste mês, uma quarta-feira. Depois disso, Montes deverá elaborar seu relatório, para ser votado o mais rápido possível. Ouve-se, nos bastidores, que o resultado será bastante duro e que, inclusive, será solicitada a saída da empresa de Rondônia. Vem coisa muito pesada por aí!

CORONEL LIBERADO PARA CONCORRER

O primeiro caso de tentativa de impugnar uma das candidaturas à Prefeitura de Porto Velho, deu em nada. O próprio Ministério Público Eleitoral não acatou denúncia contra o Coronel Ronaldo Flores, que disputa a eleição pelo Solidariedade. Basicamente, a busca da rejeição da candidatura era porque o Coronel, ex-comandante da PM, não teria tempo correto de ficha assinada com seu partido. A questão é que, na ativa, ele estava impedido de tê-lo feito. Há outros processos sendo analisados pelo TRE, mas, até agora, esse foi o único caso onde já há decisão e, portanto, o representante do partido comandado no Estado pelo ex-governador Daniel Pereira pode sim, manter sua candidatura. No total, a Capital rondoniense terá o número recorde de 15 candidatos, dos quais dois (Ted Wilson, do PRTB e Geneci Gonçalves, do PSTU), não terão sequer acesso ao horário eleitoral gratuito.

O CHEFE DO TRÁFICO E O AMIGO DIRETOR DO PRESÍDIO

Todos sabem, mas pouco se consegue provar. A promiscuidade de líderes do crime organizado nas prisões, com alguns dos seus captores, é tão verdadeiro como dois e dois são quatro. O último escândalo envolve o megatraficante Orlando Santos, o Sarará, preso novamente, só que agora em Buenos Aires, depois de inúmeras saídas ilegais de presídios brasileiros. Num deles, segundo contou o próprio Sarará, ele saía seguidamente da cadeia com o diretor de onde estava cumprindo pena, no interior de Goiás. Líder do PCC, uma das mais perigosas organizações criminosas do país, Sarará deixou sua cela, ao lado do diretor do presídio e ambos chegaram a viajar juntos, de avião. Em outras saídas, o traficante viajava sozinho, para algumas capitais brasileiras. Ele também tinha autorização para sair da prisão, já que tinha a chave da própria cela, para festas familiares. É inacreditável? Não é não! Estamos no Brasil! No presidio federal argentino, onde está preso, Sarará não tem nenhuma regalia.

PERGUNTINHA

Você já escolheu seus candidatos a prefeito e a vereador ou vai esperar o horário eleitoral gratuito para ouvir propostas e só então se decidir?






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