RO, Sexta-feira, 19 de abril de 2024, às 10:10



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CIDADANIA – Maioria dos que estacionam carros em locais “prioritários”, de “prioritário” só tem a falta de educação

PORTO VELHO – Em domingo de eleição, quando somos chamados a exercer nossa cidadania em sua essência, contribuindo para decidir o futuro de nossa cidade pelos próximos quatro anos, é bom que façamos uma reflexão sobre o exercício da cidadania no nosso cotidiano. A observação das regras e da Lei no nosso dia-a-dia é tão importante para o exercício da cidadania, quanto votar para escolher o prefeito da cidade.

Some a falta de educação, com o desrespeito a princípios básicos de cidadania, mais a ausência de fiscalização e você tem dois resultados, um deles estacionamentos de carros de não prioritários em locais destinados a membros do grupo prioritários. O outro, o risco de que alguém reclame e possa ser agredido, pelo menos com palavrões, como já aconteceu no shopping.

Ou xingado, como ocorreu esta semana num importante supermercado de Porto Velho porque o funcionário teve a ousadia de lembrar ao condutor que ali a placa indicava lugar para carro de deficiente físico. Reações como essa levam a queixas de funcionários que citam temer perderem o emprego se insistirem em pedir que o condutor estacione no local devido.

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Não é nada difícil ver situações como essas. É só se dar ao trabalho de ficar olhando. Jovens, especialmente eles, sem qualquer problema de locomoção, param na primeira vaga que encontram. “Uma vez eu falei para um cara mudar de lugar e ele disse que eu perderia o emprego, porque o gerente preferiria perder o empregado do que o cliente”, contou funcionário do estacionamento de um supermercado.

Um ex-funcionário da vigilância do shopping contou que o problema lá acontece continuamente. “Muitas pessoas atendem, mas tem muito “bacana” que vira de costas e vai pra dentro do shopping”, lembrou.

Para a professora Michelle Souza, o problema todo está na educação de cada um. “Eu era estudante quando surgiu a obrigatoriedade do cinto de segurança. As professoras falavam isso na sala de aula, mas nós tínhamos aula de cidadania, de educação moral e cívica. Hoje, se um professor falar naquela matéria é capaz de muita gente se voltar contra ele”.

José Cavalcanti lembra que quando começou a ser usado o telefone celular logo surgiram campanhas para disciplinar ao não uso. “Mesmo assim tem muita gente que abusa e já assisti, quando eu estava de carona, uma pessoa conhecida advertir o filho que reclamou do pai, que era o motorista, porque ele dirigia atendendo uma ligação”. A multa a quem é flagrado usando celular ao dirigir é 293 reais, e são sete pontos na CNH.

A LEI

Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito, Contran, determina que há competência o poder público para que faça a  fiscalização em áreas fechadas, caso dos shoppings e supermercados, mas aí a aplicação acaba bloqueada pelo problema de sempre: falta de condições – pessoal e equipamento – para que tanto a Polícia Militar quanto a Semtran possa cumprir a norma.






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