RO, Quarta-feira, 24 de abril de 2024, às 9:18



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Casos de corona vírus em Rondônia estão acima da média nacional e continuam crescendo

PORTO VELHO – Na observação da incidência acumulada por semana epidemiológica, até o dia 21 de janeiro de 2021, Rondônia continua sendo superior à média nacional e aumentando a diferença com relação à média nacional nas semanas epidemiológicas correspondentes, expressas na incidência por 100 mil habitantes. Estes dados continuam sendo compartilhados com as autoridades estaduais, para que possam ser adotadas medidas concretas para a contenção da pandemia em nosso Estado. 

© Reuters/direitos reservados®

De acordo com dados dos Boletins oficiais da secretaria estadual de Saúde (Sesau) de Rondônia, na semana que passou, ocorreram em Rondônia mais de 116 mil casos e 2097 óbitos acumulados de vítimas do covid-19, culminando na edição de novo decreto estadual, impondo medidas restritivas, aumentando o distanciamento social.

Na última semana, em Porto Velho houve aumento na taxa diária de variação com relação à semana precedente, mas ainda com amplitude menor do que a taxa do Estado, oscilando entre 0,08% e 0,73%, diminuindo de domingo (0,60%) até quarta-feira (0,08%) e aumentando até 0,73% no sábado 23 de janeiro, com um percentual de 0,61% na quinta e de 0,36% na sexta feira. A grande diferença entre a taxa da Capital e a do Estado confirma que há outros municípios em que o nível de contágio é elevado.

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Medidas enérgicas para conter o avanço da pandemia

As medidas de distanciamento social, os cuidados com higiene e etiqueta respiratória e o uso permanente de máscara continuam sendo recomendadas à população. São medidas que somente poderão ser relaxadas com a vacinação da população e com a descoberta de medicamentos específicos para o tratamento dos doentes, o que ainda não se dispõe.

Medidas efetivas e firmes para contenção das aglomerações precisam ser adotadas. No entanto, observa-se que esta responsabilidade tem sido atribuída reiteradamente à população.

Apenas ações de mídia não têm se mostrado suficientes para conter a pandemia. Ações de fiscalização, visando coibir as aglomerações precisam ser implementadas. Atribuir à população a responsabilidade exclusiva pela situação atual demonstra apenas o despreparo e o desprezo das autoridades para com a vida, especialmente dos mais pobres e dos idosos. Os números são assustadores e a vacinação em massa poderá trazer um alento a todos.

Óbitos

O número de óbitos diários registrados no Estado de Rondônia desde o início da pandemia, por data de ocorrência com a média móvel por 14 dias, onde se observa claramente o aumento do número de óbitos nas últimas semanas. Chegou a 26 óbitos no dia 18 de janeiro de 2021, muito perto do maior número de 31 óbitos divulgados no dia 22 de julho de 2020.

A mortalidade por covid-19 relativizada pelo tamanho da população, a taxa de Rondônia ultrapassa a média nacional a partir de junho de 2020, mantendo-se acima até o momento atual e aumentando a diferença nas últimas semanas (Rondônia com 118 óbitos e Brasil com 103 óbitos para cada 100 mil habitantes em 23 de janeiro de 2021). Aliás, Rondônia ocupa a oitava posição, estando junto com outros 14 estados que apresentam taxa superior a 100 óbitos por covid-19 a cada 100 mil habitantes.

Saúde em colapso

As autoridades estaduais e o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves comunicaram que o sistema de saúde entrou em colapso. Isto é, não há possibilidade de ampliação da capacidade instalada, que possa absorver o expressivo aumento do número de casos, especialmente dos casos graves. Esta incapacidade está relacionada com estrutura como leitos disponíveis, recursos humanos e insumos, incluindo medicamentos.

Quanto à velocidade da transmissão em Rondônia, esta vem aumentando conforme o relaxamento do distanciamento social adotado pela população, deixada ao seu bel prazer pelas autoridades estaduais e municipais. Espera-se que, com as medidas restritivas adotadas a partir do dia 17/01, com a necessária fiscalização por parte dos órgãos competentes, esta velocidade seja reduzida, cujo reflexo, deverá ser constatado na próxima semana.

Não tem sido suficiente fazer alertas na mídia. Conforme anunciado na imprensa, foram constantes os casos de desrespeito às normas, em especial nas atividades comerciais e nas aglomerações nos espaços públicos, mesmo em praças e espaços destinados a lazer. Por sua vez, pouco se noticiou sobre fiscalização e aplicação de penalidades.

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