RO, Sexta-feira, 19 de abril de 2024, às 12:21



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Casinha do presidente nacional da OAB começa a ruir

RIO DE JANEIRO – Construída sobre bases arenosas, a casinha do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, o esquerdista empedernido Felipe Santa Cruz começa a ruir. Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio do Rio, afirma em delação premiada ter simulado contrato da entidade com escritório de advocacia para bancar a campanha de Felipe Santa Cruz ao comando da OAB no Rio de Janeiro. E que Cristiano Zanin, advogado de Lula, fez a ponte entre os dois. “Essa contratação era importante para fazer lobby”, diz.

O anexo com a descrição dos fatos por parte de Diniz foi publicado pela CNN.

No depoimento, o ex-presidente da Fecomércio diz que “ouviu falar em Felipe Santa Cruz por intermédio de Cristiano Zanin, que sugeriu ao colaborador sua contratação”.

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Em 2018, O Antagonista revelou que o escritório de advocacia de Roberto Teixeira e Zanin havia recebido da Fecomércio mais de R$ 68 milhões.

Os pagamentos suspeitos a diversas bancas advocatícias são alvo de investigação da Lava Jato no Rio e da própria colaboração de Orlando Diniz. O contrato fictício para repassar R$ 120 mil a Santa Cruz teria sido firmado com o escritório do advogado Anderson Prezia Franco.

Diz ele:

“QUE na evolução do encontro que foi feito no escritório de Felipe Santa Cruz, Cristiano Zanin disse que a contratação seria não do escritório de Felipe, mas sim do escritório de sua esposa; QUE o colaborador não se recorda o nome da esposa de Felipe Santa Cruz; QUE o colaborador não se recorda se, de fato, a contratação chegou a ser efetuada; QUE, se houve contratação, foi por meio da Fecomércio, com emissão de nota fiscal; QUE o colaborador não se recorda o ano, mas foi de setembro de 2012 para frente; QUE não se recorda se, neste primeiro momento, Felipe Santa Cruz estava já à frente da OAB/RJ; QUE, segundo Cristiano Zanin, essa contratação era importante para fazer lobby, atraindo Felipe Santa Cruz; QUE, mais à frente, houve uma nova aproximação, já diretamente com o colaborador; QUE, naquele momento, o colaborador estava com o projeto de ser candidato à presidência da CNC; QUE Felipe Santa Cruz já tinha o projeto de ser candidato à Presidência do Conselho Federal da OAB; QUE, a esta altura, Felipe Santa Cruz já estava na Presidência da OAB/RJ e iria disputar a reeleição para, então, ser candidato à Presidência do Conselho Federal; QUE, em outro encontro, Felipe Santa Cruz pediu recursos em espécie para o colaborador, tanto para a reeleição quanto para o projeto nacional que àquela época já havia sido deflagrado; QUE, como naquele momento o colaborador estava com poucos recursos, ele e Felipe Santa Cruz acordaram de fazer um contrato com Anderson Prezia Franco, cujo objeto seria consultoria e assessoria jurídica para a contratada, a Fecomércio, referente ao recurso ordinário oriundo da Ação Trabalhista nº. 0010442-83.2014.5.01.0033 c/c Medida cautelar Inominada nº. 0010495- 64.2014.5.01.0033, movida por Aldo Campos de Moura Gonçalves e Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro, em trâmite perante a 33ª Vara do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho 1ª Região.”

O caso em questão, segundo Orlando Diniz, já estava sendo atendido pela contratação dos advogados Ana Basílio, Jose Roberto Sampaio, Eurico Teles, Jamilson Farias e Henrique Maués, por valor que ultrapassava R$ 8 milhões. “Não havia, portanto, necessidade da contratação de Anderson Prezia”, explica.

“QUE se tratou de transferência de recursos para campanhas e foi um primeiro movimento, uma espécie de ‘gesto de boa vontade’; QUE, o colaborador, então, entendeu que Anderson Prezia Franco era o ‘homem da mala’ de Felipe Santa Cruz e apenas face ao pedido direto de Felipe Santa Cruz ao colaborador é que o contrato foi assinado.”

Fonte: Jusbrasil.com.br






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