RO, Quinta-feira, 28 de março de 2024, às 8:01



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Calcário do Grupo César fica mais barato para produtores da Ponta do Abunã, do Acre, da Bolívia e do Peru

ROLIM DE MOURA – Essencial à correção do ácido solo amazônico, o calcário vai chegar mais barato aos produtores rurais da Ponta do Abunã, do Acre e da Bolívia e abrirá mercado junto aos produtores do Peru. A previsão é do empresário César Cassol, dono de uma usina de calcário no município de São Felipe do Oeste e entusiasta do desenvolvimento de Rondônia. Na última sexta-feira, 7, César  fez uma pausa em suas atividades, e foi até Abunã, recepcionar o presidente Jair Bosonaro e participar da inauguração da ponte sobre o Rio Madeira, um das maiores obras rodoviárias concluídas no Brasil nos últimos anos.

Durante inauguração da ponte na última sexta-feira, César Cassol (de máscara no queixo) entre o presidente Bolsonaro e o Ministro Tarcísio Freitas, dos Transportes

A solenidade contou com a presença de autoridades de Rondônia e Acre e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A estrutura de 1,5 km de extensão começou a ser construída em 2014.

“Depois de sete anos de espera e muitos transtornos, finalmente a ponte foi entregue e o percurso entre Rondônia e Acre que antes tinha que fazer a travessia do Madeirão em balsa. Além da demora e dos transtornos, o frete aumentava em até 5oo reais pago na balsa na ida e volta. Essa travessia agora é feita em cinco minutos e não custa nada”, afirma César Cassol, acrescentando que sua usina vende calcário para todo o Oeste do Brasil. “Vendemos para Rondônia, Amazonas, Acre, Mato Grosso e também para a Bolívia”, reitera o empresário.

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César ressaltou que antes da construção da ponte, os produtos encarecia com as taxas e a perda de tempo na travessia do Madeira pela balsa. “Esse gasto era repassado ao preço final do calcário ao agricultor. “O agricultor comprava o calcário no Acre, por exemplo, e o frete era um absurdo, o produto que passava na balsa agregava ainda mais custos. Com a ponte, vai melhorar a questão não apenas do custo mais baixo do frete, mas também da logística. Vai otimizar o agronegócio no Acre e também na Bolívia. Foi melhor para toda a Bacia Amazônica e para os países vizinhos”, garantiu.

A ponte começou a ser construída em 2014 e teve cerca de R$ 140 milhões gastos nas obras, que teve diversas paralisações na construção, inclusive em 2020 por causa da pandemia.

Outro ponto destacado pelo empresário, é que além da redução do tempo na travessia, o fim do pagamento da taxa da balsa pelos caminhões de carga contribui para aumentar a competitividade dos produtos. “Esse é um passo decisivo e fundamental para alavancar nossa economia, que tem sofrido seriamente com os efeitos da pandemia”, argumentou César Cassol.

“A demanda por calcário no Estado está em torno de 2 mil toneladas por dia”, estima Cassol. Além de cargas grandes, transportadas de caminhão, a usina vende o calcário em sacos de 40 quilos. Antes, Rondônia tinha de buscar o calcário em Cáceres e Nobres, que era muito caro. Hoje a realidade é bem diferente e com a ponte do Abunã, sem dúvida vai melhorar ainda mais”, comentou o empresário.

“a ponte liberada, é melhor para toda a Bacia Amazônica e para os países vizinhos”, afirma César

O empresário não esconde seu entusiasmo e otimismo. “Vai baixar o preço do alimento para se produzir mais, máquinas vão otimizar o agronegócio na região. Quanto ao calcário, ele é o insumo principal para correção do solo, refletindo positivamente em todas as atividades agropecuárias, seja a pecuária de corte, produção de carne, de leite, para a piscicultura, para a soja e para o milho”.

O Estado de Rondônia está ampliando sua oferta interna de calcário. Investimentos públicos e privados devem levar até o fim de 2015 a capacidade de extrair e processar mais de um milhão de toneladas anuais do produto, utilizado na correção e preparo do solo para a atividade agropecuária.

Conforme o empresário o Grupo Cassol – que também atua na geração de energia hidrelétrica -, investiu em calcário numa jazida calculada em 300 hectares localizada no município de Parecis, que, segundo a empresa, garante pelo menos 30 anos de extração, foi construída uma estrutura com capacidade de produzir 2,5 mil toneladas por dia.

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