PORTO VELHO – As ações das forças do estado contra atos de terrorismo disfarçados de invasão de propriedades por supostos ‘necessitados de terra para plantar e viver’ devem ganhar novos impulsos em Rondônia nos próximos dias. A senha foi dada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, durante seu discurso na inauguração da ponte sobre o rio Madeira, em Abunã, na última sexta-feira, 7.
Bolsonaro disse que os atos terroristas praticados por um grupo que se intitula LCP não ficarão na impunidade.
“LCP se prepare! Não ficará de graça, nem barato o que vocês estão fazendo. Não tem espaço aqui para terroristas. Nós temos meios de fazê-los entrar no eixo e respeitar a lei”, advertiu o presidente.
Lamentando as mortes causadas pela covid no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro disse na sexta-feira, 7, em Abunã, durante inauguração da ponte sobre o Rio Madeira que, apesar disso, o Brasil não pode parar, lembrando que muitas pessoas, como os agricultores e os trabalhadores que construíram a 3ª maior ponte brasileira, também não pararam, mesmo com a pandemia.
Sem fazer referência a nomes, Jair Bolsonaro – que em nenhum momento referiu-se especificamente, ou de maneira geral, a qualquer meio de comunicação brasileiro ou à imprensa – repetiu o que disse várias vezes em entrevistas quando era candidato, a respeito das centenas de obras iniciadas e abandonadas pelos governos anteriores (como a ponte), que não vai se preocupar com obra “sua” ou de outros. Esse é o comportamento comum em administrações diversas, quando muitas vezes uma obra importante, iniciada pelo administrador, era esquecida e abandonada pelo gestor do momento.
“Não vamos nos preocupar se seja obra nossa ou não, nem quem antes de nós começou. Mas, tudo que começou tem de ser concluído”, acrescentou. “Felizmente, temos muita gente no Brasil pensando como nós, e comigo um grupo de ministros capacitados isentos para levar nosso país para frente”.
O presidente destacou ainda que o Brasil “não pode parar e teremos que decidir”, lembrando que, pior do que a decisão mal tomada é não ter coragem de tomar decisão. “Não se pode ficar em casa. Temos de botar a cara à tapa”.
A respeito da sucessão de decretos assinados por governadores e prefeitos restringindo a circulação de pessoas e o direito ao trabalho, ele disse que “não receará de tomar uma decisão, e que o ir e vir, a liberdade e o direito à crença e ao trabalho são sagrados”, reafirmou o presidente.
“Não se justifica, depois do que passamos fechar qualquer ponto do Brasil. Aquele que abre mão da liberdade por segurança não terá, no futuro, nem liberdade nem segurança. Nós preferimos morrer lutando que perecer em casa”, acrescentou.
“Bolsonaro aproveitou o evento para criticar também as recentes invasões de terras promovidas pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP), em Rondônia. “LCP, se prepare. Não ficará de graça, nem barato, o que vocês estão fazendo. Não tem espaço aqui para terroristas. Nós temos meios de fazê-los entrar no eixo e respeitar a lei”, alertou o presidente.
Bolsonaro também sugeriu que seja dado, como patrono da ponte, o nome do engenheiro recentemente falecido e que era um entusiasta e trabalhou muito para que a obra fosse concretizada.
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