PORTO VELHO – A maior bancada da atual legislatura na Assembleia Legislativa rondoniense é formada por deputados que estão respondendo processos ou denunciados pelo Ministério Público, ou já condenados ou com decisão de perda de mandato. Uma lista que envergonha qualquer cidadão pagador de impostos e, por força de lei, pagador das benesses que esses “parlamentares” continuam se beneficiando.
Achas pouco ? Dois deles – principalmente o ‘arruaceiro’ Geraldo da Rondônia – são membros da Comissão de Ética da “Casa de Leis”.
Mas, para fazer o “média” com a sociedade – com um polpudo orçamento anual para gastar cm propaganda – a Assembleia faz campanha para que o cidadão comum seja uma espécie de “parceiro” dos deputados, ajudando a fiscalizar os decretos da pandemia, denunciando quem não usa máscara ou quem está bebendo uma cerveja num boteco qualquer.
AOS FATOS
Em 25 de setembro do ano passado, o deputado Lebrão, até então apresentado como um cidadão sério e impoluto, foi flagrado na Operação Reciclagem recebendo, conforme o noticiário policial, dinheiro de corrupção numa negociata que acabou também envolvendo sua filha prefeita Gislaine Clemente (a Lebrinha de São Francisco do Guaporé), os prefeitos Luiz Ademir Schock (de Rolim de Moura) e Marcito Pinto (de Ji-Paraná), a prefeita Glaucione Rodrigues Neri (de Cacoal) e o ex-deputado Daniel Neri (marido de Glaucione).
O Ministério Público, por sua vez, denunciou o deputado Cirone Deiró, sob acusação de que fez tratamento dentário fora de Rondônia, pagando com verba da Assembleia, mais um do qual pouco se ouviu falar algo de útil mas que também vai para a vala comum dos que denigrem a Assembleia.
Também com problemas que seriam policiais se não fossem deputados, mais outros da bancada dos “vida pregressa” do legislativo estadual, Aélcio da TV, sempre disposto a fazer promoção pessoal às custas do contribuinte; Marcelo Cruz dono de extensa lista de problemas e Jair Montes que também é do time.
José Geraldo Santos Alves Pinheiro, o “deputado” Geraldo da Rondônia é uma espécie de “hors concours” do grupo, tal a lista de casos e causos que, se fosse um cidadão comum, já estaria há muito tempo “hospedado” por conta do cidadão num dos “hotéis” administrados pela Sejus. Mas, é deputado e aí….
Condenado por sonegação fiscal a seis anos de reclusão, “da Rondônia” em um pouco de tudo no seu prontuário: denunciado por agressão por uma bailarina, tem outro caso: queria entrar “na marra”, alegando uma fiscalização em ala de intubados vítimas de covid em Ariquemes, e pior: talvez para fazer média com o “deputado”, a secretária municipal de Saúde foi lá acompanhar a “autoridade”.
O caso mais recente desse (arghhh) “deputado” foi em Ji-Paraná quando uma fiscalização o encontrou com outras pessoas bebendo num bar. Abordado o grupo, ele se exaltou, dizendo que quem o abordou deveria respeitá-lo pela sua condição de deputado etc e tal.
EPÍLOGO
Não é a primeira vez que a Assembleia Legislativa tem casos assim. Mas, sem qualquer dúvida, certos de sua ‘impunidade’ parlamentar e dos compadrismos internos que acontecem quando a Justiça tenta agir, a maior bancada com assento no imponente prédio sede da Assembleia tem certeza de que nada mais vai lhes acontecer, e se preparam para, dentro de mais um ano, buscar novamente outro mandato que, claro, servirá de guarda-chuva para suas contumazes ações não condizentes pelo menos com o decoro parlamentar. E ainda vão conseguir convencer desavisados ou seus semelhantes que os reelejam.
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