RO, Sexta-feira, 19 de abril de 2024, às 15:05



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Ao invés de discurso, prefeito deveria ter pedido desculpas aos moradores da Vila Dnit, ao inaugurar iluminação na ponte sobre o rio Madeira

PORTO VELHO – As obras públicas em Rondônia – mais precisamente em Porto Velho – parecem que são concebidos para incomodar o cidadão pagador de impostos e, em alguns casos, os políticos ainda tripudiam da população com discursos pomposos e chatos quando da inauguração daquelas que conseguem ser concluídas. De Norte a Sul da cidade o que mais se houve é reclamação sobre obras inacabadas ou mal feitas, que não duram um inverno amazônico.

No caso específico da iluminação da ponte sobre o rio Madeira, inaugurada na noite desta quinta-feira, mas realizada em tempo recorde, o prefeito não deveria ter feito discurso, mas apenas pedido desculpa aos moradores da Vila Dnit, cerca de 600 metros após a cabeceira da ponte, que durante seis anos tiveram que enfrentar a escuridão e seus fantasmas, como assaltantes, traficantes e usuários de drogas e sabe-se lá mais o que.

Claro que não era Hildon o prefeito quando a obra foi inaugurada em setembro de 2014 (muito próximo da eleição daquele ano) com muita pompa e circunstância, mas ele assumiu em 1º de janeiro de 2017 e, somente agora, às vésperas do final de seu mandato de quatro anos, ele se deu conta de que os moradores da Vila Dnit merecem atravessar uma ponte iluminada para chegarem ou sair de suas casas à noite.

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Mas no espectro político brasileiro é sempre assim. O cara se elege prometendo, saúde, asfalto e educação, mas deixa tudo para ao último ano de mandato, para que o abestado do eleitor não esqueça na eleição que se avizinha que o prefeito trabalhou.

Tomara que o povo abra os olhos para estas espertezas e reaja nas urnas, com seu protesto silencioso e eficiente, usando apenas a ponta do dedo para mandar para o esgoto da história àqueles que pensam que o povo pagador de impostos e besta.

Não cabia discurso, prefeito, falando de suas realizações em outras regiões da cidade. Coisa que muita gente daquele local sequer tem condições de aferir se é verdadeira ou não a afirmação.

Bastava um singelo pedido de desculpa pelos três anos e meio em que sua administração ignorou os perigos a que os moradores da Vila Dnit e outras aglomerações humanas que começam a surgir naquela margem do Madeira enfrentavam para sair ou chegar em casa.

Carlos Araújo – O editor






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