RO, Sexta-feira, 26 de abril de 2024, às 9:05



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Agevisa apoia municípios em dificuldade no combate ao mosquito anofelino, transmissor da malária

O mundo mira as telas de computadores, vendo sucessivos telejornais e boletins sobre o Covid-19, mas o governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), não descuida de outras endemias, e intensifica as ações de combate ao anofelino, mosquito transmissor da malária, principalmente nos municípios onde apresentaram um aumento no número de casos este ano.

Lâmina com sangue coletado para diagnóstico da doença

Em Mirante da Serra, a 389 quilômetros de Porto Velho, por exemplo, técnicos da Agevisa realizam o bloqueio na zona rural da cidade. Uma medida necessária para o controle do vetor da doença.

O coordenador estadual de Vigilância e Controle da Malária, Valdir França, aponta números em declínio desde 2012, mas alerta para o ataque do anofelino na zona rural e em algumas terras indígenas.

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Em 2012 Rondônia teve 23.195 casos notificados, e em 2019 eles diminuíram para 9.419. Mas a curva da doença oferece mais leituras, notadamente, a de causos autócnes, ou seja, aqueles contraídos pelo enfermo na zona de sua residência. Nos garimpos a doença diminuiu 58,2%: em 2018: 292 casos, em 2019, 122.

Mesmo com o vigoramento do decreto da quarentena no Estado, devido à pandemia mundial do novo coronavírus, França recebeu apoio da diretora da Agevisa, Ana Flora Gehardt, e do gerente técnico de Vigilância em Saúde Ambiental, Cesarino Júnior Lima Aprígio, para prosseguir ações de bloqueio nos municípios mais infectados.

Por determinação da Agevisa, essas ações devem acontecer quando o município não tem condições de eliminar surtos de doenças. Na última terça-feira (31) ele se encontra em Mirante da Serra.

Desde a descentralização decretada pelo governo federal, a responsabilidade no cuidado com endemias passou a ser também dos municípios. Na prática, lembra o coordenador Valdir França, equipamentos e pessoal são os itens mais essenciais para o êxito do controle de focos do mosquito.

“Antes não havia barreiras”, ele desabafou. “Dependemos também de um trabalho sólido de gestores municipais”, sugeriu.

“Com os esforços da equipe e se contarmos com maior empenho dos municípios, manteremos as estratégias de vigilância, inclusive, capacitando o pessoal local”, ele Valdir França.

França lembra que a Portaria nº 1.172/2011 tratou das competências da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, na área de Vigilância em Saúde.

“Com tudo isso e mesmo com deficiências de alguns municípios, o Ministério da Saúde vem atendendo Rondônia muito bem, repassando insumos (inseticida) e recursos para a compra de outros materiais”, ressaltou.

Fumacê é uma das principais armas contra a proliferação do anofelino

O coordenador se refere à Portaria nº 2.565/2016, do MS, autoriza esses repasses específicos para o combate e controle da malária no âmbito dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e dos Municípios de Aripuanã (MT), Colniza (MT), Juína (MT), Nova Bandeirantes (MT) e Rondolândia (MT).

O montante de R$ 1,07 milhão, por exemplo, possibilitou a aquisição de duas camionetes Hilux para Porto Velho e Candeias do Jamari, e 23 microscópios distribuídos na Capital e no Interior; quatro barcos-lancha com motor 90HP e 165 pulverizadores Guarani.

Conselho de Secretários Municipais de Saúde, gestores, e Comissão Intergestora Bipartite de formalizaram um pacto para a destinação dos recursos e de sobras. Uma delas, R$ 211 mil, será investida na compra de sete barcos 30HP.

FUMACÊ E MOSQUITEIROS                                                                                

A Coordenação Estadual de Controle da Malária borrifa ,  casas e ambientes, faz a termonebulizacão (com fumacê), e instala mosquiteiros impregnados em áreas de surtos epidêmicos, o que ocorreu recentemente em Candeias do Jamari, a 18 quilômetros da Capital, e Pimenteiras do Oeste, a 730 Km.

No ano passado, a Coordenação promoveu ações complementares em áreas indígenas dos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, na faixa de fronteira Brasil-Bolívia.

 

 

 

 

Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Arquivo Paulo Sérgio – Arte: Andrey Matheus
Secom – Governo de Rondônia






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